'Luisa está se recuperando e em poucos dias deverá respirar sem ...
Luisa, de 29 anos, sofreu um trauma pulmonar grave, com vazamento de sangue no tórax, lesão nos brônquios e trauma abdominal. Desenvolveu a síndrome respiratória aguda grave (quando o nível de oxigenação no sangue cai drasticamente).
No hospital em São Carlos, interior de São Paulo, região onde ocorreu o acidente, foi submetida aos cuidados protocolares nesses casos, que é o uso de corticoides, antibióticos, drenagem do sangue e ventilação mecânica. Mas o tratamento padrão ouro era ECMO (Aparelho de Oxigenação por Membrana Extracorpórea), que substitui função do pulmão. Diferentemente do que ocorre no serviço privado de saúde, no SUS o recurso ainda é escasso. Apenas hospitais universitários com grupos de pesquisa dispõem. O Hospital das Clínicas, em São Paulo, para onde ela foi transferida da madrugada do Natal, tem o aparelho.
De complexo manuseio, os médicos que lidam com a ECMO passam por treinamento especial. O aparelho faz as vezes do pulmão do paciente até que o organismo consiga restabelecer o mecanismo respiratório por si só.
Em 2 dias, os médicos desligaram o aparelho e Luisa respira agora apenas com ventilação mecânica.
-- Luisa está com boa recuperação e em poucos dias irá respirar sem qualquer aparelho – diz a intensivista e cardiologista Ludhmila Hajjar, médica responsável pela internação de Luisa no Hospital das Clínicas.