Ponte Rio-Niterói é parcialmente liberada 3 horas após batida de navio à deriva
A ponte Rio-Niterói foi parcialmente liberada às 21h30 desta segunda-feira (14), três horas depois de um navio à deriva colidir com sua estrutura, no início da noite.
Segundo o Centro de Operações da Prefeitura do Rio de Janeiro, o navio estava abandonado e a âncora não resistiu à pressão do vento.
A Guarda Portuária e uma equipe da Polícia Rodoviária Federal estão no local. Por volta das 19h40, rebocadores que trabalham no resgate da embarcação conseguiram afastar o navio da estrutura da ponte.
A Polícia Rodoviária Federal informou que a ponte foi parcialmente aberta ao trânsito, depois de três horas fechada, por volta das 21h30.
Foram liberadas quatro faixas sentido Niterói e duas sentido Rio. Segundo a PRF, o tráfego vai permanecer assim até esta terça-feira (15), quando será realizada inspeção de uma parte da ponte que não foi possível ser feita na noite desta segunda.
De acordo com a Ecoponte, houve colisão leve da embarcação com o guarda corpo da ponte. Equipes foram ao local para verificar se houve danos na base da ponte e na via de rolamento.
O Corpo de Bombeiros deu suporte técnico e de logística na vistoria realizada pela engenharia da concessionária nas estruturas da ponte. Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Civil foram disponibilizadas duas embarcações para o suporte à operação de vistoria.
Uma terceira embarcação estava ancorada na noite desta segunda nas proximidades para caso seja necessária.
Por causa do fechamento da via, o trânsito na cidade chegou a 33 quilômetros às 20h. A média nas últimas três segundas-feiras no mesmo horário era de 16 km, segundo o Centro de Operações Rio.
Um vídeo gravado de dentro de um veículo que passava pelo local mostra o momento em que a embarcação atinge a ponte, provocando um forte impacto, por volta das 18h30.
Fortes ventos atingiram a cidade, que está em estágio de mobilização deste o início da tarde. De acordo com o Alerta Rio, houve registro de vento forte nos aeroportos do Galeão (57,4 km/h) e Santos Dumont (53,7km).
A CCR Barcas informou que "está preparada para atender um possível aumento de demanda na linha Arariboia (Rio-Niterói-Rio), com a realização de viagens extras, em função do fechamento da ponte Rio-Niterói".
O governador Cláudio Castro (PL) disse que a Polícia Militar reforçou o policiamento nos acessos à ponte nas duas cidades e equipes do Primeiro Grupamento Marítimo dos Bombeiros auxiliam no transporte dos engenheiros que avaliam se houve algum dano estrutural.
"Estamos colocando à disposição toda a estrutura do Estado para minimizar os impactos causados pelo fechamento da ponte", escreveu o governador numa rede social.
Já o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), disse que especialistas não encontraram problemas estruturais após o acidente.
"Uma equipe técnica vistoriou os pilares 71, 72 e 73 e não detectou nenhuma avaria na estrutura. A avaliação nos aparelhos de apoio indica danos de pequena monta."
A Marinha do Brasil informou que será instaurado um Inquérito sobre acidentes e fatos de navegação para apurar causas, circunstâncias e responsabilidades do acidente.
A embarcação São Luiz está ancorada próximo à ponte Rio-Niterói desde fevereiro de 2016. Ainda segundo a Marinha, no entanto, a destinação do navio é alvo de processo judicial.
"Enquanto aguarda a decisão judicial, a embarcação permanecia fundeada em local predefinido pela autoridade marítima, na Baía da Guanabara, desde fevereiro de 2016, sem oferecer riscos à navegação", diz o comunicado.