Magazine Luiza adia adesão ao Pix para evitar instabilidade em plataforma digital

Festejada pelos investidores por sua ambiciosa estratégia de transformação digital, a varejista Magazine Luíza se afastou da corrida deflagrada pelo lançamento do Pix, o sistema de pagamentos instantâneos desenvolvido pelo Banco Central. A companhia participou do processo para habilitação da primeira leva de participantes, mas o deixou antes da conclusão dos testes realizados pelo BC. Empresas que ainda não aderiram ao Pix terão nova chance a partir de dezembro.

O Magazine Luíza informou ter deixado o Pix para mais tarde para evitar que uma eventual instabilidade na sua plataforma prejudicasse as vendas na Black Friday. A companhia afirma que sua prioridade neste momento é aumentar a base de usuários do Magalu Pay, conta digital lançada neste ano, que já tem dois milhões de clientes.

Bancos e empresas que participam do Pix desde a estreia disputam as chaves que os consumidores devem cadastrar para ter acesso ao sistema de pagamento. Seu objetivo é não só ampliar a base de clientes, mas evitar que eles sejam capturados pelos concorrentes. Cada pessoa pode ter até cinco chaves.

O Magazine Luíza diz que voltará a trabalhar para se integrar ao sistema do BC em breve, e que pretende desenvolver uma série de projetos associados ao Pix. Aplicativos de outras cadeias de varejo, como a Ame Digital, das Lojas Americanas, e o Abastece Aí, que pertence à rede de postos Ipiranga, já participam do Pix.

VEJA OUTROS ASSUNTOS ABORDADOS PELA COLUNA

Mercado de bicho de estimação projeta alta de 13,5% no faturamento em 2020

Indústria do aço vai a Bolsonaro para rebater críticas da construção civil

Fluxo de capital estrangeiro para países emergentes se recupera, dizem bancos

Na véspera da Black Friday, vendas online de produtos eletrônicos sobem

Ricardo Balthazar (interino), com Filipe Oliveira e Mariana Grazini