Sobrinho de Chico da Silva, vive pesadelo como jogador do Iranduba
Natural do município Parintins (distante a 369 quilômetros de Manaus), Alan da Silva Moraes, 22 anos, volante do Iranduba na disputa do Campeonato Amazonense 2023 viu o sonho de atuar no futebol profissional virar um pesadelo.
Sobrinho do cantor e compositor parintinense, Chico da Silva, o jogador chegou ao clube por intermediação do tio.
Atuando no Barezão deste ano, Alan Parintins jogou cinco partidas pelo Hulk da Amazônia (alcunha do clube).
No entanto, ele não imaginava que logo em sua estreia, viveria um dos momentos mais difíceis de sua vida. Juntamente com outros 22 jogadores da equipe e dirigentes, o jovem parintinense acabou condenado por venda e manipulação de resultados, em julgamento do Tribunal de Justiça Desportivo do Amazonas (TJD-AM) nesta segunda-feira (13).
Em entrevista exclusiva ao BNC Amazonas, Alan da Silva, disse que a acusação o pegou de surpresa.
“Eu sou de Parintins, vim atrás do meu sonho de criança que era atuar como jogador profissional, e minha estreia foi exatamente no Iranduba, me pegou de surpresa essa notícia que o Iranduba foi acusado por manipulação de resultado”, declarou.
De acordo com o jogador, a condenação o deixou muito revoltado. Segundo ele, “não houve nenhum tipo de investigação a fundo sobre isso, não houve uma investigação individual sobre os atletas”.
Em tom de desabafo, Alan Parintins diz que a acusação e o suposto envolvimento é “uma palhaçada”.
Alan da Silva clama por justiça e pede que “eles investiguem a fundo isso”, pois o caso tem prejudicado a imagem do jogador, e de sua família”.
“Fui multado em 100 mil reais sem qualquer tipo de investigação acho isso uma palhaçada uma falta de respeito com minha pessoa”, declarou o jogador.
Conforme Alan, “se tivesse algo do tipo, eu jamais compactuaria com isso. Sou de uma família que preza pela honestidade pelo respeito, quero justiça”.
O jogador parintinense afirmou que recorreu a Justiça para “resolver tudo isso”, e também não parou de treinar para em breve defender um novo clube e retomar o sonho de ser jogador de futebol profissional.
“Tô com minha consciência tranquila sobre (o caso). Não parei de treinar, tô treinando forte, pra se Deus quiser voltar a defender um clube profissional”, disse.
Leia mais Iranduba, do presidente a jogadores, é condenado por vender resultadoFoto: divulgação/acervo pessoal