Trabalhadores dos Correios podem iniciar greve nesta segunda em BH
Os funcionários da categoria em todo o Brasil farão uma assembleia geral para confirmar a paralisação, que poderá ter início às 22h
Com a possibilidade de deflagrar greve por tempo indeterminado, o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios e Telégrafos e Similares de Minas Gerais (Sintect-MG) fará uma reunião com trabalhadores do setor em Belo Horizonte nesta segunda, a partir das 19h, no Bairro Floresta, na Região Leste da capital. Os funcionários da categoria em todo o Brasil farão uma assembleia geral para definir sobre a paralisação, que poderá ter início logo mais, às 22h.
Os 36 sindicatos que representam os trabalhadores dos Correios de todo o território nacional aprovaram, no sábado (15), o indicativo de greve geral da categoria por tempo indeterminado, em razão da retirada de direitos históricos dos funcionários, reduzindo o poder de compra dos mesmos em até 60%.
Segundo o edital de convocação do Sintect-MG, a assembleia segue o calendário da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect), que representa a categoria na mesa de negociação com a direção da empresa.
Durante as negociações com os sindicatos, a direção dos Correios ordenou a exclusão de praticamente todas as cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) da categoria.
De acordo com o Sintect, “a greve geral, um direito legal dos trabalhadores, se apresenta como o único instrumento de luta em defesa dos direitos, emprego e sustento dos ecetistas e suas famílias”.
Processo no STF
A greve é vista pelo sindicato como uma reação ao descumprimento da sentença normativa firmada junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), em processo provocado pela direção dos Correios, que havia garantido os direitos da categoria por dois anos.
Os representantes da estatal buscaram o Supremo Tribunal Federal (STF), mas, antes da decisão final, o governo decidiu cortar 70 das 79 cláusulas de forma unilateral.
Desde o início da pandemia do novo coronavírus, 100 funcionários dos Correios já morreram devido à contaminação pela COVID-19 no país.
*Estagiário sob supervisão da subeditora Kelen Cristina