Afinal, a greve dos Correios já acabou?

Apesar da greve, a empresa afirma que 92% dos profissionais trabalham normalmente no Brasil. Ainda de acordo com os Correios, em São Paulo a adesão à paralisação é um pouco maior que nos demais estados, principalmente em algumas unidades de entrega. A estatal diz ainda que cobriu as ausências com horas extras e remanejamentos.

Ainda assim, os Correios admitem que os clientes devem começar a sentir os impactos da paralisação no decorrer dos próximos dias, caso não haja um acordo para encerrar a greve.

O Valor entrou em contato com diferentes agências dos Correios em São Paulo, que confirmaram que alguns centros de distribuição do estado estão em greve, fazendo com que uma parcela dos pedidos não sejam despachados.

Andamento nas negociações

Dos 36 sindicatos que os Correios possuem, 30 não participam do movimento, segundo a empresa. Somente seis sindicatos aprovaram a paralisação, que agora ocorre nas cidades de São Luís (MA), Palmas (TO) , Aracaju (SE), Bauru (SP) e parte do Rio de Janeiro (RJ) e de São Paulo (SP), ainda de acordo com a estatal.

O Valor pediu aos sindicatos o número de agências e centros de distribuição paralisados, mas as representações trabalhistas não souberam informar o contingente. A estatal também não informou.

Na semana passada, as negociações com os Correios estavam sendo encabeçadas pela Federação Interestadual dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) e Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect). Essa última chegou a um acordo com a estatal.

A Findect solicitou ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) uma mediação pré-processual para buscar uma solução para o impasse. A reunião bilateral de negociação deverá ser realizada no próximo dia 21 de agosto, às 14h.