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Thaísa dá adeus à seleção no top 10 de maiores medalhistas ...

Thaísa dá adeus à seleção no top 10 de maiores medalhistas
Central chegou à terceira medalha olímpica da carreira após vitória sobre a Turquia; central emociona Zé Roberto a quem ela atribui sua "volta à vida"

Após a vitória por 3 sets a 1 sobre a Turquia, que rendeu a medalha de bronze ao Brasil no vôlei nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, a central Thaísa, de 37 anos, confirmou que está de saída da seleção. Aos 37 anos, ela chegou à sua terceira medalha olímpica. Além do bronze, a central tem dois ouros das campanhas de Pequim-2008 e Londres-2012. Contra a Turquia, ela foi a segunda melhor pontuadora do Brasil, com 17 pontos. Thaísa marcou o último ponto:

— Foi engraçado, porque eu falei, sai, Gabriela, essa bola é minha. Eu entrei na frente dela, falei, vai ser minha — contou a central, que estava emocionada em coletiva para a imprensa. — Brincadeiras à parte, sim. Está se encerrando um ciclo. Acho que por isso eu chorei tanto ali. Porque foi uma vida inteira dedicada a seleção, ao vôlei. Vou continuar no clube, mas a seleção realmente para mim é muito desgastante. E tem uma galera voando, umas meninas principalmente no meio. Peguei a Diana pelo braço, abracei e falei: "Cara, está contigo, estou passando o bastão para você".

A jogadora lembrou o momento mais difícil da carreira, quando, após grave lesão no joelho esquerdo em 2017, quando atuava na Turquia, correu contra o tempo, contra tudo e contra todos. Foi desacreditada por médicos e chegou a ouvir que ficaria manca. Foi José Roberto Guimarães quem lhe ajudou. Thaísa emocionou o treinador ao comentar sobre o episódio em sua fala sobre a despedida:

— Ele me trouxe de volta à vida, depois ele me trouxe de volta para a seleção, e depois de tudo isso, conseguimos uma medalha. Nós conseguimos uma medalha juntos. Então, o que sinto é só gratidão. Para o resto da minha vida, eu vou lembrar disso.

Thaísa relembrou a história que tem com Zé Roberto e sua família:

— No fim eu agradeci muito ao Zé por ele ter me chamado de volta, ter me aceitado de volta, ter acreditado em mim. A nossa história já saiu em vários lugares, contando tudo que aconteceu. Ele e a família dele ficarão marcados na minha vida para sempre. Para o resto da minha vida. Porque se não fossem eles, eu provavelmente não teria voltado a jogar voleibol, acho muito difícil de ter acontecido, porque eu precisei de muita estrutura, e eles me deram tudo isso, quando todo mundo virou as costas para mim. Nesse momento que você conhece realmente quem está do seu lado. — começou a contar. — Foi o momento mais triste da minha vida, e todo mundo virou as costas para mim, e eles estavam lá me dando a mão. Então, eu só tenho a agradecer por tudo que você fez por mim, porque provavelmente minha carreira teria acabado ali, muito nova, aos 29 anos. Ele me pegou pela mão de verdade, e falou assim: “Cara, isso não vai acontecer com você, eu estou contigo”

Thaísa fez toda a recuperação na estrutura de Barueri, local onde o treinador e sua família têm um Centro de Treinamento e um time de vôlei que disputa a Superliga. Ela retornou às atividades em 2018. E treinou "enlouquecidamente porque queria voltar ao alto nível". Depois do Barueri, ela foi para o Minas e se consagrou na Superliga.

Enquanto Thaísa relembrava sua história, Zé Roberto não se conteve e chorou muito durante a coletiva de imprensa:

—Sem ela a gente não teria conquistado essa medalha. E ela foi extremamente importante em todos os momentos, a volta dela quando ela aceitou estar na seleção, a representatividade dela, o respeito das meninas para com ela, o respeito dos adversários para com ela... O que ela representa para o voleibol do mundo, não é só para o voleibol brasileiro. E quando ela aceitou, eu disse nós estamos no caminho, nós temos chance. Ela é um ícone, uma das melhores centrais que o mundo já viu jogar.

Com a conquista do bronze, Thaísa entrou na lista dos maiores medalhistas olímpicos brasileiros. Empatou com Giba, Dante, Rodrigão e Bruninho, colegas do vôlei, com três medalhas. Mas passa à frente pelo número de ouros.

— Queria muito trazer o ouro pra elas, mas esse bronze vai valer ouro. Nunca vi um grupo tão dedicado, querer tanto. A minha geração queria também, mas senti uma gana nesse grupo. Tenho certeza que elas vão fazer acontecer. Tenho orgulho de ter feito parte — disse ela, ainda emocionada: — Dói, né? Estou feliz e triste ao mesmo tempo. A única coisa que eu espero é ter deixado uma marca boa em cada coração das meninas e de todos com quem tive a oportunidade de trabalhar.

Veja o top 10 de medalhistas brasileiros em Olimpíadas

  • Rebeca Andrade (ginástica) - 2 ouros, 3 pratas e 1 bronze (6 medalhas)
  • Robert Scheidt (vela) - 2 ouros, 2 pratas e 1 bronze (5 medalhas)
  • Torben Grael (vela) - 2 ouros, 1 prata e 2 bronzes (5 medalhas)
  • Isaquias Queiroz (canoagem) - 1 ouro, 3 pratas e 1 bronze (5 medalhas)
  • Serginho Dutra (vôlei) - 2 ouros e 2 pratas (4 medalhas)
  • Gustavo Borges (natação) - 2 pratas e 2 bronzes (4 medalhas)
  • Marcelo Ferreira (vela) - 2 ouros e 1 bronze (3 medalhas)
  • Thaísa Daher(vôlei) - 2 ouros e 1 bronze (3 medalhas)
  • Bruno Rezende (vôlei) - 1 ouros e 2 pratas (3 medalhas)
  • Dante (vôlei) - 1 ouros e 2 pratas (3 medalhas)
  • Giba (vôlei) - 1 ouros e 2 pratas (3 medalhas)
  • Rodrigão (vôlei) - 1 ouros e 2 pratas (3 medalhas)
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