Por que Miami Open é especial para Bia Haddad, que tenta repetir ...

Passada a emoção do WTA 1000 de Indian Wells, no deserto da Califórnia, é a hora das principais tenistas do mundo cruzarem os Estados Unidos até a Flórida para outra disputa que promete muito: o Miami Open, cuja chave principal começa nesta terça-feira (19), com transmissão ao vivo pela ESPN no Star+.

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O Brasil, claro, não poderia ficar fora da disputa. Número 1 do país, Beatriz Haddad Maia está confirmada na chave principal do WTA 1000 de Miami (nome do torneio feminino) como cabeça de chave nº 11. Ela estreia nesta quinta-feira (21) contra a francesa Diane Parry, número 54 do mundo.

Embora as grandes estrelas da chave feminina estejam confirmadas, casos de Iga Swiatek, campeã em Indian Wells, Aryna Sabalenka e Coco Gauff, Bia tem motivos para acreditar em uma campanha positiva e que pode lhe dar a injeção de ânimo para a sequência da temporada e, por que não, os Jogos Olímpicos de Paris.

Atual número 13 do ranking da WTA, a brasileira aposta no Aberto de Miami para se aproximar do top 10, grupo que ela ocupou em parte da temporada passada após chegar às semifinais de Roland Garros.

Mas por que tanta confiança no torneio da Flórida? O histórico faz toda a diferença nesse caso.

É justamente no WTA 1000 de Miami que Bia Haddad apresenta os resultados mais consistentes de sua carreira. A paulista de 27 anos disputou seis vezes a competição e alcançou a terceira rodada em três oportunidades diferentes (2018, 2022 e 2023).

A penúltima participação, por sinal, é guardada com muito carinho na memória da família Haddad Maia.

Foi no complexo Hard Rock Stadium que a tenista, então número 62 do ranking, fez uma das grandes partidas de sua carreira e eliminou Maria Sakkari, então top 3 do mundo, de virada. O conto de fadas acabaria na fase seguinte, mas o resultado foi suficiente para entrar no rol de maiores vitórias da brasileira.

A busca, agora, é por um passo além, que pode colocar Bia ainda mais na história do tênis nacional.

A canhota já é responsável pela melhor campanha de uma tenista brasileira na chave de simples do torneio, igualando Patrícia Medrado e suas duas vitórias no torneio de 1986.

O desafio é fazer o que só o grande nome da modalidade conseguiu. Em 2000, ano em que foi o número 1 do mundo, Gustavo Kuerten sagrou-se vice-campeão do Miami Open.

Guga passou por nomes como o francês Arnaud Clément, o croata Goran Ivanisevic, o sul-africano Wayne Ferreira e o americano Andre Agassi até trombar com Pete Sampras, favorito e que ficou com o título em uma final épica vencida por 3 sets a 1.

Missão ingrata para Bia Haddad? A chave do torneio e sua motivação ajudarão a dar essa resposta.