Arsênio é detectado no sangue de parentes que comeram bolo em ...
Análises laboratoriais preliminares detectaram arsênio no sangue de três pessoas que comeram um bolo numa confraternização de família na cidade de Torres, no litoral do Rio Grande do Sul. Amostras coletadas pelo Hospital Nossa Senhora dos Navegantes indicaram a presença da substância tóxica na corrente sanguínea de três pacientes. Ao menos seis parentes ingeriram o doce na tarde do dia 23 de dezembro: três deles morreram e dois seguem internados.
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O delegado Marcos Vinícius Veloso, titular em Torres, confirmou as informações à RBS TV. A polícia gaúcha apura as hipóteses de envenenamento ou intoxicação alimentar.
O arsênio foi encontrado por equipes do Centro de Informação Toxicológica no sangue da mulher que preparou o bolo, do sobrinho-neto dela, de 10 anos, e de Neuza Denize Silva dos Anjos, que morreu.
Tia e sobrinho, cujos nomes não foram oficialmente divulgados, seguem hospitalizados, com quadro "estável", de acordo com boletim médico desta sexta-feira. O delegado afirma que a mulher responsável por fazer o bolo foi a única a comer duas fatias.
Neuza morreu após sofrer um "choque pós intoxicação alimentar". Já Maida Berenice Flores da Silva, de 58 anos, e Tatiana Denize Silva dos Santos, de 43 anos, tiveram uma parada cardiorrespiratória no hospital e também faleceram após ingerirem o doce.
O arsênico é o elemento químico. O arsênico, por sua vez, é o composto trióxido de arsênio cuja comercialização no Brasil como raticida é proibida. O uso da substância como agente quimioterápico é restrito.
De acordo com as investigações, sete pessoas participaram da confraternização de família, em 23 de dezembro. Só uma delas, que seria marido de Neuza, não teria comido o bolo. O doce foi feito em Arroio do Sal e levado para a festa em Torres pela mulher que segue internada. Os corpos das três vítimas foram encaminhados para passar por necropsia no Instituto-Geral de Perícias (IGP).
O delegado afirmou à RBS TV que o ex-marido da mulher que fez o bolo morreu por intoxicação alimentar em setembro. A polícia não investigou o caso, na ocasião, por considerar o falecimento como natural. Agora, porém, instaurou inquérito para apurar a ocorrência e pediu a exumação do corpo.