Em Kiev, enviado de Trump se reúne com Zelensky em meio a mal ...
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Keith Kellogg, o enviado de Donald Trump para questões Rússia-Ucrânia, se encontrará com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Kiev nesta quinta-feira, 20. A reunião ocorre em meio a um crescente mal-estar entre os líderes dos dois países, que incluiu o presidente dos Estados Unidos chamando seu homólogo de “ditador”, após Washington abrir negociações sobre o fim da guerra com Moscou, sem convidar os ucranianos.
Após um bate e boca virtual com Trump – os dois usaram declarações e redes sociais para criticar um ao outro –, Zelensky tentou levar adiante a difícil conversa com os Estados Unidos antes da reunião com Kellogg nesta quinta.
Em sua atualização em vídeo na quarta-feira à noite, ele disse que era “crucial que esta discussão e nossa cooperação geral com os Estados Unidos permaneçam construtivas”.
Mas em um comentário mais cortante, ele acrescentou: “Juntamente com os Estados Unidos e a Europa, a paz pode ser mais segura, e esse é o nosso objetivo. Mas o mais importante é que esse objetivo deve ser compartilhado por nossos parceiros, não apenas por nós”.
Na véspera, Trump afirmou nas redes sociais que Zelensky precisava agir logo, ou “não terá mais um país”, depois de afirmar que as negociações iniciais com a Rússia, que foram sediadas pela Arábia Saudita na terça-feira, deixaram um possível acordo “muito próximo”.
Ataques russos
Também nesta quinta, os militares ucranianos comunicaram que a Rússia lançou 161 drones e cerca de 14 mísseis contra o país em um ataque noturno. O alvo foi a infraestrutura energética na região nordeste de Kharkiv.
O ministro da Energia ucraniano, German Galuschenko, afirmou que alguns dos ataques danificaram instalações de produção de gás natural.
“O objetivo desses ataques criminosos é interromper a produção de gás necessário para atender às necessidades domésticas dos cidadãos e ao aquecimento central”, disse ele no Facebook.
Anteriormente, Zelensky havia afirmado que as constantes investidas russas são prova de que Putin não quer encerrar a guerra e está tentando enganar o mundo ocidental. Ele sugeriu que Trump vive em uma “bolha de desinformação” por acreditar na Rússia.