Telefone volta para orelha, porque sem Whats, a boa e velha ligação salva o dia

Hoje, todo mundo voltou no tempo, a 2009, quando falar com alguém rapidinho só era possível por ligação. As mensagens instantâneas via celular surgiram há 12 anos, graças ao Whatsapp, agilizando muito a troca de informações que nesta segunda-feira tiveram de voltar ao jeito convencional.

Pelas ruas de Campo Grande, a cena é do passado. Em todos os cantos, o aparelho de celular voltou ao ouvido. Poucos ainda olham para tela, usando plataformas alternativas como Telegram e velhote SMS.

Mas para a maioria, agora a ordem é exercitar a fala e deixar os dedos descansarem. "Hoje, ligação e SMS estão reinando", resume a vendedora Karina Ferreira. Assim como o povo ressuscitou as ligações por conta dos problemas das últimas 4 horas, que ainda são mistério. Como Instagram também "morreu" pela manhã, assim como Facebook, a ordem é apelar para o que continua em pé.

Psicólogo, Antônio Cruz, de 24 anos, mora longe da família e é do tipo que só mantinha contato por aplicativo. "Mas hoje, tenho arrumar outros meios: Twitter, até Tik Tok, qualquer coisa... Qualquer lugar que dê para mandar um oi", conta.

No vai e vem da cidade, aplicativos de corrida seguem funcionando, mas até quem está com o serviço a todo vapor, sofre sem o WhatsApp. "Costumo usar o WhatsApp para trocar informações com outros motoristas, para saber onde tem mais fluxo de passageiros", diz Camila Ferreira Ribeiro, de 41 anos, motorista de aplicativo.

Além da comunicação interrompida com os colegas, ela conta que as últimas horas não para de receber ligações. "Tenho recebido muitas, principalmente, da minha mãe. Ela sempre pergunta como estou, como estão as corridas. Só hoje, ela me ligou três vezes", contabiliza.

A dona de casa Renata Salinas é outra que tem de reaprender a viver longe do Whatsapp. "Está horrível. Só hoje, já liguei para meu marido 5 vezes, coisa que antes a gente se falava pelo Whats", revela.

Mas para quem está reclamando, tem gente com prejuízo muito maior. Conforme o portal da Bloomberg, o problema com Whats, Facebook e Instagram deixou o dono desse império, Mark Zuckerberg, US$ 7 bilhões mais pobre.

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