Vasco inicia celebrações pelos 100 anos da Resposta Histórica ...
Por: Assessoria de Imprensa, Rio de Janeiro
Dando início às celebrações pelos 100 anos da Resposta Histórica, um símbolo na luta contra o racismo no futebol mundial, o Vasco da Gama irá homenagear os lendários Camisas Negras e personalidades históricas nos primeiros jogos da temporada 2024.
O Gigante da Colina estampará em sua camisa nomes do combate ao preconceito racial no mundo.
Nos dois primeiros jogos, contra Boavista e San Lorenzo, vão estrelar a camisa cruzmaltina os jogadores do time dos Camisas Negras:
Nelson da ConceiçãoAlbanito (Leitão)Mingote (Domingos Vicente Passini Filho)Nicolino (João Baptista Soares)Claudionor (Bolão)ArturPaschoalTorterolli (Nicomedes Conceição)ArlindoAlipio M. (Negrito)Cecy (Sylvio Moreira)
As camisas serão leiloadas pelo play for a cause e os recursos doados ao Observatório da Discriminação Racial no Futebol, parceiro na ação.
No braço direito um patch estampa a marca dessa comemoração 1924 – Lutaremos por esse ideal até o fim.
Os recentes casos de racismo sofridos por Lucas Eduardo e Matheus Henrique são infelizes avisos de que essa luta não acabou. O Vasco condena esses episódios e trabalha para que os autores sejam responsabilizadas.
Respeito, Igualdade e Inclusão.
A Resposta Histórica
O Vasco da Gama é o único dos 4 clubes do Rio de Janeiro com maior torcida, a nascer em zonas populares e não no berço da aristocracia brasileira.
Teve em 1923 seu primeiro time formado por negros e operários. Após ganhar o campeonato regional de forma arrebatadora neste ano, a federação (gerida na época pelos clubes da aristocracia) exigiu que o Vasco expulsasse os atletas considerados “de menor prestígio” e “indignos” de participar do campeonato.
Após saber da decisão da AMEA – Associação Metropolitana de Esportes Athleticos, no dia 7 de abril de 1924, o Vasco da Gama respondeu a federação na carta que ficaria conhecida como Resposta Histórica.
Nela, José Augusto Prestes, então presidente do clube, explica que o clube não iria desfiliar seus doze atletas negros, operários e analfabetos. A desfiliação foi a condição estabelecida pela associação para a filiação e subsequente participação do Vasco nos campeonatos organizados pela AMEA.
O Vasco diz não ao preconceito, se recusa a expulsar os jovens de seu quadro de atletas e assim se retira do campeonato de 1924.
O time desde sempre teve uma forte ligação com as massas mais populares, levando sempre multidões aos estádios.
Após pressão popular e entendendo que o campeonato não teria a mesma relevância sem o Club de Regatas Vasco da Gama, o Gigante da Colina, com todos seus jogadores, foi reintegrado na competição – conquistando um marco importante em sua história de combate ao preconceito.