US Open: Djokovic busca o raro Grand Slam, e brasileira briga por título
O US Open que começa nesta segunda-feira, às 12h (de Brasília, com transmissão de ESPN e SporTV), tem todos os holofotes voltados para uma pessoa: Novak Djokovic. O sérvio, atual número 1 do mundo, tenta completar o Grand Slam de fato, ou seja, terminar a temporada com os títulos dos quatro slams, os torneios mais importantes do calendário. Em 2021, o tenista de 34 anos já venceu o Australian Open, Roland Garros e Wimbledon, tornando-se o primeiro homem desde 1969 a vencer os três no mesmo ano. Resta o US Open, e todo o planeta estará de olho no sérvio.
O último tenista a completar o Grand Slam foi o australiano Rod Laver, em 1969, o que dá uma noção da dificuldade do feito. Não fosse apenas o bater à porta da história, Djokovic tem toda atenção do mundo porque seus dois maiores rivais não estão no torneio. Roger Federer, 40 anos, voltou a sentir dores no joelho e partiu para sua terceira cirurgia desde o começo do ano passado. Rafael Nadal, 35, viu uma lesão crônica no pé se agravar e já decretou que não volta às quadras este ano. Assim, Nole está sozinho aos pés do Olimpo tenístico.
Os principais rivais de Djokovic em Flushing Meadows este ano serão jovens que nunca levantaram uma taça em um slam. Daniil Medvedev, 25 anos e atual número 2 do mundo, jogou uma final de US Open em 2019 e decidiu o Australian Open este ano. Perdeu os dois jogos para Nadal e Djokovic, respectivamente. Stefanos Tsitsipas, 23 anos, #3 do ranking, esteve vencendo a final de Roland Garros deste ano por 2 sets a 0, mas levou a virada de Djokovic e saiu da quadra com a cabeça girando, sem entender o que aconteceu. Por fim, Alexander Zverev, 24 anos e #4 do mundo, foi quem chegou mais perto de triunfar. O alemão teve match point na final do US Open do ano passado, mas não converteu e acabou derrotado por Dominic Thiem. O atual campeão, aliás, é outra ausência. Thiem lesionou o punho em junho e ainda não se recuperou.
O enorme favoritismo também significa uma boa dose de expectativa e pressão em cima de Djokovic. O sérvio viveu situação parecida recentemente e não reagiu bem. Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, quando ainda tinha esperanças de completar o chamado Golden Slam, feito que engloba os quatro slams mais a medalha de ouro olímpica em simples, Nole fez sua pior partida justamente quando foi ameaçado pela primeira vez. Acabou eliminado por Zverev nas semifinais, quebrou raquete na disputa de terceiro lugar - que também perdeu - e ainda desistiu de disputar o bronze nas duplas mistas.
O US Open, onde busca seu 21º slam, é também uma chance para Djokovic deixar para trás Federer e Nadal, que têm 20 títulos de slam cada. Um enorme objetivo para quem nunca escondeu que sempre quis ultrapassar os números de suíço e espanhol. Quando entrar em quadra na terça-feira, contra o dinamarquês Holger Rune (18 anos, #145), Novak começará a mostrar se aprendeu algo com a experiência de Tóquio e estará mais bem preparado para lidar com a pressão em Nova York.
Brasileira é séria candidata nas duplasDepois que conquistou a medalha de bronze em Tóquio, a brasileira Luisa Stefani voltou ao circuito e estreou uma parceria com a canadense Gabriela Dabrowski. As duas encontraram uma sintonia rapidamente, e os resultados não demoraram a vir. Nos três primeiros torneios, brasileira e canadense foram vice no WTA 500 de San Jose, campeãs no WTA 1000 de Montreal e vice no WTA 1000 de Cincinnati.
No caminho bateram times fortes como Jurak e Klepac, cabeças 8 no US Open, Aoyama e Shibahara, cabeças 3 em Nova York, e Krejcikova e Siniakova, campeãs de Roland Garros. Stefani entrou no top 20, aparece hoje em 17º lugar no ranking de duplas e agora, ao lado de Dabrowski, é a primeira brasileira forte candidata a um título de slam desde Maria Esther Bueno.
Luisa e Gaby são cabeças de chave 5 do US Open e vão estrear contra Viktorija Golubic e Tamara Zidansek. A chave de Stefani e Dabrowski prevê um duelo nas quartas contra Melichar e Schuurs, cabeças 4, e uma semi contra Hsieh e Mertens, cabeças 1, ou Jurak e Klepac. A outra metade da chave tem Krejcikova e Siniakova [2], Aoyama e Shibahara [3], Kudermetova e Mattek-Sands [6] e Guarachi e Krawczyk [7] como principais parcerias.
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