Casal leva BDSM ao Tomorrowland Brasil: 'Todo mundo tem fetiche'
Britt Rodrigues e Pedro — Foto: Samuel Kobayashi/gshow
Os festivais são acontecimentos que se aproximam bastante dos contos de magia ou realismo fantástico, com seus palcos coloridos e incrivelmente brilhantes, música que não para por horas e público animado. Não é diferente no Tomorrowland, que entre visuais ousados, sensuais e alegres tem espaço também para protestos divertidos, como o que foi proposto pelo casal de amigos Britt Rodrigues e Pedro.
Os gaúchos trouxeram para o festival de música eletrônica um pouco do estilo que adotaram para a vida: o BDSM -- acrônimo que, lido em pares, siginifica: Bondage e Disciplina, Dominação e Submissão, Sadomasoquismo. "A galera sempre vem muito colorida, quisemos trazer a cultura do BDSM de maneira mais clean", argumenta Britt, que, exibia look de dominadora ao lado de Pedro, que nessa reportagem, como bom submisso, não tem sobrenome, porque quem manda ali é ela.
Britt Rodrigues e Pedro — Foto: Samuel Kobayashi/gshow
Surpresa com a curiosidade das pessoas, Britt avalia que há pessoas que preferem levar o BDSM para um lado cômico por não saberem lidar com as próprias fantasias. "Ficamos muito felizes, porque realmente existe um tabu. Todo mundo tem fetiche. Trabalhamos com o SSC, ou seja, algo são, seguro e consensual. Tudo fica mais gostoso e saudável".
Bem-resolvida, a jovem que além de trabalhar com música também é produtora de elenco, conta que até os 30 anos se identificava como lésbica, mas atualmente se vê como pansexual. "Muita gente se assusta, mas também há aqueles que gostariam de vivenciar isso. Minha família sabe em partes, minha mãe chega em casa e vê meus acessórios, mas eu levo uma vida completamente normal".
"Não necessariamente pratico o BDSM 24 horas do meu dia, é algo pontual. Nós também gostamos de ter uma vida mais tradicional", conclui Britt, levando Pedro, feliz da vida, em rédea curta.
Britt Rodrigues e Pedro — Foto: Samuel Kobayashi/gshow