Crítica: humor e a rivalidade de sempre em Tom & Jerry: O filme
Ao misturar animação e live action, termo usado para trabalhos com atores reais, "Tom & Jerry: O filme”, potencializa a empatia do espectador com uma história de ouro dos desenhos animados, originada nos anos 1940. A rivalidade, que mistura humor e teimosia, atravessou gerações e se mostra firme no imaginário do público, agora reforçado pela produção da Warner Bros. Pictures, com exibição pré-paga nos cinemas, a partir de hoje. A estreia oficial, com número maior de sessões, acontece no próximo dia 18.
O longa é dirigido por Tim Story, que traz no currículo trabalhos de aventura e ação, como “O quarteto fantástico” (2005) e (2007), “Táxi” (2004), e séries como a nona temporada de “CSI - Miami”. O roteiro de Kevin Costelo, que também escreveu “As aventuras de Brigsby Bear” (2017), é inspirado na estrutura original criada por Hanna e Barbera. No enredo dos dias de hoje, a antiga batalha entre gato e rato é ambientada no movimento urbano da cidade de Nova York, onde ambos tentam se instalar. Enquanto o elenco se movimenta normalmente, os dois aparecem no estilo clássico do desenho, em silêncio o tempo todo.
Mas é no melhor hotel da cidade, chamado Royal Gate, que essa disputa ameaça a carreira de uma jovem em busca da confiança do chefe de seu mais novo emprego. A atriz americana Chloë Grace Moretz, de “Vovó... Zona 2” (2006) e "Carrie - A Estranha" (2013), interpreta Kayla, em tom de inocência com esperteza, tal como os dois personagens principais dessa história. Curioso é ver a rixa existir não só entre os dois bichos, mas, de uma outra maneira, na rotina da jovem que se vê encurralada com o seu supervisor ambicioso, Terrance, vivido por Michael Peña, de “Homem-Formiga” (2015).
A expectativa ao longo do filme é pelo então casamento do século, com a pompa do formato indiano, a ser realizado nesse mesmo hotel. Tudo precisa sair perfeito para o bem de Kayla e boa reputação do Royal Gate. No entanto, as confusões entre Tom & Jerry surgem não só para atrapalhar os preparativos do grande dia, como dar movimento na história. As brigas interagem de maneira perfeita com o cenário real. Cortinas rasgadas, vidros quebrados e bagunça por todos os lados aproximam a animação com a realidade.
Os momentos conhecidos no desenho clássico são relembrados em cenas divertidas, daquelas que nenhuma família consegue prender o riso. Leia-se nuvem empoeirada surgindo na hora da briga, engenhoca de captura, calos gigantes na cabeça e muito objeto quebrado sobre o outro. A porta minúscula de onde o rato saia, muitas vezes para cair numa cilada, aparece no melhor estilo lar doce lar.
O ponto alto acontece quando os três personagens principais dessa história se unem para conviver no mesmo espaço. Um desafio e tanto para gato e rato, que precisarão passar um dia inteiro de lazer juntos, a fim de mostrar que mais nenhuma confusão virá pela frente para atrapalhar o casamento.
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