De Nicola para Guilherme: Professor Pardal faz escola na Superliga
O vôlei com conhecimento e independência jornalística
Nicola Negro, o falastrão italiano e dono do Minas, anda fazendo escola na Superliga.
Guilherme Schmitz é mais um Professor Pardal na Superliga.
A diferença é que o primeiro tem passado, o segundo não tem futuro.
Se Nicola Negro inventou Carol Gattaz como oposta, Guilherme superou o italiano ao optar em deixar Aleksandra Uzelac no banco contra o Minas.
Por ser tão elementar é que poucos enxergam o óbvio.
Nicola pode ser tudo, menos burro.
Jamais, por exemplo, deixaria Thaísa ou Kisy fora do time, mesmo que as duas não tivessem treinado durante a semana.
Guilherme pode ser tudo, menos inteligente.
Não há justificativa que possa explicar Aleksandra Uzelac começar no banco na abertura dos playoffs, ou seja, no jogo mais importante do Fluminense na temporada.
A referência.
O jogador comum vê a bola. O craque, vê o jogo.
E faz diferença.
O Fluminense jogou dois sets fora por causa da vaidade do treinador.
A derrota por 3 a 0 é 100% responsabilidade dele.
Guilherme comete um erro básico no esporte ao colocar a vaidade acima do grupo. Não abrir mão do individual, esquecendo o coletivo.
Nicola Negro ganhou um forte concorrente como Professor Pardal da temporada.
Aleksandra Uzelac no banco supera longe Carol Gattaz como oposta.
Nicola, o dono do Minas, ainda reconheceu o erro dele na formação do elenco ao improvisar a central na posição.
Guilherme se superou.
O Fluminense está a um jogo da eliminação e o treinador não entendeu até hoje que Ariane, aprovada por ele, não roda em pelada de bairro, imagina contra time grande, e que Elina sempre foi a melhor opção como oposta.
E teimosia é uma coisa, burrice é outra.
Nada se compara ao fato de não ter escalado Uzelac de início nas quartas de final.
Se fosse no futebol, o técnico não resistiria.
No Fluminense, juntando o atual treinador e o anterior, não dá um.
É aquilo: o verdadeiro burro é aquele que não sabe aproveitar sua inteligência.