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PF prende 9 suspeitos em operação contra facção que planejava ...

PF prende 9 suspeitos em operação contra facção que planejava
O promotor de São Paulo Lincoln Gakiya também estava entre os alvos. O Jornal Nacional teve acesso a documentos de contabilidade da quadrilha que indicam onde as vítimas seriam mantidas em cativeiro.
PF prende 9 suspeitos em operação contra facção que planejava matar Moro e outras autoridades

PF prende 9 suspeitos em operação contra facção que planejava matar Moro e outras autoridades

Os investigadores cumpriram mandados de busca e apreensão também em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rondônia. A Polícia Federal tinha ordem da Justiça para prender 11 suspeitos de participar de um plano para sequestrar e matar autoridades de Estado.

“Essa é uma investigação que já transcorre há vários meses e que trouxe essa preocupação em razão do nível de risco de ameaça de várias autoridades públicas. Mas o que nós temos a convicção é de que o momento da deflagração mais oportuno foi esse e, portanto, a polícia agiu cumprindo a sua missão constitucional, cumprindo um papel de polícia de Estado, fazendo a operação que tinha que fazer nessa data”, diz o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
Promotores identificaram que quadrilha começou a monitorar Moro e a família no dia 27 de janeiro — Foto: JN
1 de 4 Promotores identificaram que quadrilha começou a monitorar Moro e a família no dia 27 de janeiro — Foto: JN

Promotores identificaram que quadrilha começou a monitorar Moro e a família no dia 27 de janeiro — Foto: JN

A cúpula da Polícia Federal foi informada de tudo e determinou a abertura de uma investigação sigilosa.

“Nós compartilhamos com a Polícia Federal todas as informações de inteligência que tínhamos aqui e auxiliamos a Polícia Federal nesse período de investigações. Nós agimos de maneira coordenada e integrada com a Polícia Federal e o resultado está aí”, explica Lincoln Gakiya.

Nos últimos dois meses, equipes da Polícia Federal no Paraná e promotores de Justiça de São Paulo trabalharam juntos para aprofundar as investigações. Eles descobriram que integrantes da facção acompanhavam de perto toda a rotina da família Moro.

“Eu posso dizer que o plano havia vários meses que já estava em andamento. Já tinha imóveis, chácaras alugadas para um possível cativeiro. Casas, apartamentos alugados, veículos blindados já haviam sido levados para Curitiba, por exemplo. Armamento, muito dinheiro foi empregado nessa operação. Então era algo, no caso do senador Moro, do ex-ministro Moro, que já estava bastante adiantado. Não era algo que estava ainda em fase de planejamento. Já estava em fase de execução”, ressalta Gakiya.

Os nove presos nesta quarta-feira vão ficar na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo até que a Justiça decida o destino deles. As investigações para identificar outros envolvidos no plano para atacar autoridades continuam.

“Esses planos não param. Então, todos os dias, a gente está combatendo e a gente tem que lidar com esse tipo de retaliação”, afirma Gakiya.

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JN teve acesso a documento com contabilidade de quadrilha para plano contra Moro — Foto: JN
2 de 4 JN teve acesso a documento com contabilidade de quadrilha para plano contra Moro — Foto: JN

JN teve acesso a documento com contabilidade de quadrilha para plano contra Moro — Foto: JN

Cativeiro estava definido

O Jornal Nacional teve acesso a documentos de contabilidade da quadrilha que indicam onde as vítimas seriam mantidas em cativeiro.

Em uma mensagem, os bandidos fazem uma espécie de contabilidade do que estava sendo gasto para executar o plano, como R$ 12 mil em viagens e R$ 50 mil com aluguéis e manutenção. Os valores somam mais de meio milhão de reais.

Os investigadores também conseguiram imagens do arsenal que seria usado no plano de ataque às autoridades. São fuzis e pistolas. Em uma anotação, aparece uma lista com a quantidade de munição guardada pelos bandidos. A coluna da esquerda mostra o calibre das armas e, a da direita, o número de projéteis: 903 no total.

Ministro da Justiça, Flávio Dino — Foto: JN
3 de 4 Ministro da Justiça, Flávio Dino — Foto: JN

Ministro da Justiça, Flávio Dino — Foto: JN

Dino: operação não tem relação com a política nacional

Logo cedo, em uma rede social, o ministro da Justiça, Flávio Dino, cumprimentou as equipes da Polícia Federal pela operação.

“É vil, leviana, descabida qualquer vinculação a esses eventos com a política brasileira. Eu fico realmente espantado com o nível de mau-caratismo de quem tenta politizar uma investigação séria. Investigação essa que é tão séria que foi feita em defesa da vida e da integridade de um senador de oposição ao nosso governo”, afirmou Dino.

A TV Globo apurou que a ação da PF já estava programada desde o último dia 16 para ser executada nesta quarta-feira (22).

“A Polícia Federal não pode descuidar da sua condição de polícia de Estado. Não investigamos pessoas, mas fatos criminosos. O inquérito policial é instrumento da apuração da verdade real. Não trabalha para acusação ou para defesa, mas sim para a sociedade e para a Justiça. Aliás, hoje realizamos uma operação importante em razão de ameaças graves - gravíssimas, eu diria - de várias autoridades públicas, seguindo exatamente isso: sem olhar para qual partido, para qual ideologia, para qual governo, para qual situação. Essas pessoas estão simplesmente cumprindo o nosso dever constitucional e legal”, disse.
Sergio Moro em entrevista ao Estúdio i — Foto: JN
4 de 4 Sergio Moro em entrevista ao Estúdio i — Foto: JN

Sergio Moro em entrevista ao Estúdio i — Foto: JN

Moro defende combate constante

“Claro que isso foi assustador para mim, para minha família. É um preço infelizmente alto a se pagar pelo combate que a gente fez ao crime organizado. Não só como juiz, mas também como ministro da Justiça. Espero que esse evento no Rio Grande do Norte e esse evento de hoje que foi desmantelado, sejam eventos isolados e não revelem, não sejam reveladores de uma tendência do crime organizado querer novamente colocar-se para fora para intimidar a sociedade. Em um e outro caso, o combate às organizações criminosas tem que ser perene. E nós não podemos deixar que a politização ou a polarização comprometa essa batalha. O Brasil não pode ser vencido pelo crime. Essa que tem que ser a grande lição”, afirmou Moro.
“Eu quero cumprimentar as forças de segurança do Brasil, todas que estiveram envolvidas nessa operação; o próprio ministro da Justiça, Flávio Dino. A minha solidariedade ao ex-juiz e senador Sergio Moro pelo que ele tem passado e todo o nosso empenho da presidência do Senado para garantir a segurança de todos os senadores, inclusive do senador Sergio Moro”, disse Pacheco.
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