A confusa revisão do VAR na final entre Flamengo e Liverpool
O lance mais polêmico da final do Mundial de Clubes quase decidiu a partida antes da hora. Sadio Mané recebeu lançamento nas costas da defesa e chutou travado por Rafinha. O árbitro Abdulrahman Al Jassim, do Catar, marcou pênalti para o Liverpool já nos acréscimos do segundo tempo e, após checar o monitor do VAR, voltou atrás e deu apenas bola ao chão para o goleiro Diego Alves, do Flamengo. Com o zero a zero, a partida foi para a prorrogação.
Para o ex-árbitro Péricles Bassols, que foi do quadro da Fifa por sete anos e hoje é comentarista de arbitragem do canal Esporte Interativo, Al Jassim errou. Ele considera que o toque aconteceu fora da área e, portanto, deveria ter sido marcada falta e não pênalti. E mais, o lateral-direito do Flamengo deveria ter sido expulso. “Se essa falta sai de dentro para fora da área, ela seria para cartão vermelho no Rafinha e não simples interpretação de não falta com bola ao chão”, explicou.
Em conversa com a reportagem de PLACAR, Bassols não entendeu porque o árbitro foi consultar o monitor do árbitro de vídeo à beira do gramado, já que a dúvida se a falta aconteceu dentro ou fora da área poderia ser resolvida com uma checagem pelo vídeo. “Se fosse só dentro ou fora, é uma situação factual, e não precisa chamar o árbitro. O VAR mesmo pode dizer”.
O pênalti não foi marcado e Rafinha viu o cartão amarelo que havia recebido pelo lance ser retirado. Com 11 jogadores de cada lado, Roberto Firmino marcou o gol da vitória e do título do Liverpool aos 8 minutos do primeiro tempo da prorrogação.