Por que ver Sarah Paulson gritar nas mãos de Ryan Murphy em Ratched?
Ratched chega à Netflix nesta sexta (18) sob forte desconfiança devido às críticas nada animadoras da imprensa norte-americana para a série de Ryan Murphy sobre as origens da vilã Mildred Ratched, do clássico Um Estranho no Ninho (1975). O produtor, porém, tem uma carta na manga: sua "scream queen" Sarah Paulson desta vez gritará de prazer.
A escolha da atriz para o papel que foi de Louise Fletcher nos cinemas não é uma surpresa, já que Sarah e Murphy são parceiros profissionais desde Nip/Tuck (2003-2010). As primeiras resenhas, contudo, são as grandes responsáveis pelo espanto.
O site TVLine classificou a trama como "um conceito rejeitado para American Horror Story", enquanto a versão norte-americana da revista Rolling Stones avaliou Ratched como "uma bagunça inútil e sem sentido". Os vereditos podem ser suficientes para espantar até mesmo quem curtiu os trabalhos anteriores do escritor para o serviço de streaming, como The Politician e Hollywood (2020).
Em meio ao bombardeio, a imagem de Sarah será fundamental para convencer o público a gastar o seu fim de semana para maratonar os episódios. O principal chamariz é, sem dúvida, a curiosidade de ver a atriz praticar maldades depois de ser alvo fácil dos vilões em oito das nove temporadas de American Horror Story.
O calvário de seus personagens na antologia de terror é tão grande que ela chegou a virar piada nas redes sociais por sempre aparecer em cena aos berros ou aos prantos. O telespectador mais assíduo da franquia deve se sentir vingado em Ratched ao vê-la ir à forra como a enfermeira sádica de um hospício.
Afinal, a lista de provações por qual Sarah Paulson passou no seriado de horror não é pequena. Ela foi vítima de um serial killer que usava pele de mulheres para "envelopar" seus móveis em Asylum (2012), uma bruxa que furou os olhos com uma tesoura de jardim em Coven (2013) e ainda se desdobrou para dar vida a gêmeas siamesas em Freakshow (2014).
A intérprete foi uma viciada em drogas condenada a assombrar as propriedades de Lady Gaga como um fantasma em Hotel (2015), além de passar por um banquete de carne humana em Roanoke (2016). Em Cult (2017), sua protagonista foi perseguida por uma sociedade secreta que explorou a sua fobia a palhaços.
Ao passar para o outro lado em Ratched, Sarah vai ser a principal razão dos gritos dos pacientes violentados física e psicologicamente pela enfermeira carniceira --resta saber se o ruído será o suficiente para abafar as resenhas desastrosas.
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