'Não acredito que estamos fracassando', diz diretor-geral da PRF
'Não acredito que estamos fracassando', diz diretor-geral da PRF
O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Antônio Fernando Oliveira, disse em entrevista à GloboNews na tarde desta quarta-feira (25) que a PRF não está fracassando na tentativa de mudar a cultura da corporação, em especial a do Rio de Janeiro.
Na noite desta terça-feira (24), véspera de Natal, Juliana Rangel, de 26 anos, estava indo com a família passar o Natal na casa de parentes quando o carro da família foi alvo de disparos em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ela está em estado gravíssimo.
"Não acredito de forma alguma que estamos fracassando. Nossos números mostram o sucesso da implementação desses novos posicionamentos, da revisão da matriz de ensino. É claro que jamais vamos aceitar como um caso isolado ou qualquer coisa desse tipo. Nós entendemos sim que eventos como esse não podem acontecer, mas não podemos analisar toda a aplicação de uma doutrina apenas com um aspecto sendo analisado", disse Oliveira.
O diretor-geral defende que a PRF tem feito esforços para mudar a atuação policial, disse que a corporação constituiu uma política de Direitos Humanos e que existe uma comissão de controle de letalidade policial.
Oliveiras afirma que nenhum crime cometido pela corporação ficará impune.
"Não terá impunidade em processo disciplinar com essa direção. Porque o limite da atividade policial precisa atender o limite legal da atuação. Nós não atuamos em atividade policial no vale tudo, não se combate crime cometendo crime".
Indo para a ceia de Natal
Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada na BR-040 — Foto: Reprodução/TV Globo
Juliana Leite Rangel estava indo com a família passar o Natal na casa de parentes em Itaipu, em Niterói, quando o veículo foi alvo de disparos em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
O pai, Alexandre Rangel, de 53 anos, que dirigia o veículo, disse que quando ouviu a sirene do carro da polícia logo ligou a seta para sinalizar que ia encostar, mas os agentes já saíram do veículo atirando.
“Falei para a minha filha: ‘Abaixa, abaixa’. Eu abaixei, meu filho deitou no fundo do carro, mas infelizmente o tiro pegou na minha filha. Eles já desceram do carro perguntando: 'Por que você atirou no meu carro?’. Só que nem arma eu tenho, como é que eu atirei em você?”, disse Alexandre.
Juliana foi levada para o Hospital Adão Pereira Nunes e submetida a uma cirurgia. Segundo a prefeitura de Duque de Caxias, seu estado de saúde é considerado gravíssimo.
Alexandre também foi baleado na mão esquerda, mas não teve fraturas e recebeu alta na noite de terça.
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