Atriz de “Malhação”, Pillar Costa revela que pensou em tirar a própria vida após ter vídeo publicado em site pornô: “Escrevi uma carta e guardei”

“Era meu pai, de 71 anos, muito nervoso, me peguntando se eu tinha vindo para o Rio para virar prostituta”, lembrou ela, em entrevista ao jornal Extra. “Foi um choque até processar tudo isso. Quando entrei no site e digitei meu nome, achei um vídeo meu dançando funk, de roupa, que tinha gravado para um canal de humor. O título era: ‘A dançarina mais gostosa, Pillar'”, recordou.

Assim que tomou ciência do episódio, Costa solicitou que a filmagem fosse removida da plataforma, e isso foi feito em menos de 24 horas. Mesmo com a rapidez, o “estrago” já havia sido feito. “Meu pai ficou dois meses sem falar comigo. Muita gente me apontava, me questionava. Descobri que já sabiam antes mesmo de me avisarem e aquilo me consumiu. Não porque me confundiram com garota de programa. Até porque, se eu fosse, ninguém teria nada com isso e não vejo como um problema. A questão é ser exposta sem qualquer defesa ou conhecimento”, justificou.

Isso causou vários danos psicológicos em Pillar, que se viu numa depressão profunda. Por sorte, a irmã da artista percebeu as mudanças comportamentais. “Pensei em me matar de verdade. Escrevi uma carta e guardei. Minha irmã Anna Victória é que percebeu minhas atitudes estranhas e pediu ajuda”, admitiu.

Costa já havia mencionado o caso em um vídeo publicado no YouTube, nesse domingo (6). A professora de teatro apareceu, num primeiro momento, aos prantos, explicando ter sido vítima de toda essa exposição e julgamento. Ao longo do clipe, registros feitos posteriormente apareciam, com a artista já mais calma, explicando a importância de abordar o assunto. Por fim, ela apresentou ao público o projeto “Por um fio”, que visa acolher e dar voz à mulheres sobreviventes de abusos, bullying, assédio ou violência.

“De um episódio doloroso, nasceu um projeto divino, que acolhe e abraça. Não tenho um tostão para colocar nisso nem tirar. O objetivo é unir mulheres que passam pelo mesmo para que elas não sejam vítimas para sempre. É preciso transformar o negativo em positivo”, avisou a atriz.

Com pouco menos de um mês no ar, a página (@bracosqueacolhem no Instagram) já recebeu quase 200 e-mails com relatos. “Posso ajudar com o apoio para que elas mostrem a cara e denunciem o que passam. Digo que não sou psicóloga, mas encaminho para parceiras que dão orientação terapêutica e jurídica”, concluiu Pillar, que vem coletando as histórias recebidas, para relatá-las em um documentário.

Assista ao vídeo de Costa abaixo: