Nath Finanças e Felipe Neto? Por que influencers fazem parte do ...
Assim como nos mandatos anteriores, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva instituiu um conselho para auxiliá-lo na formulação de políticas públicas para o desenvolvimento econômico-social sustentável. O que chama atenção é que, desta vez, além de empresários, a lista com 242 integrantes traz influenciadores digitais, como Nath Finanças e Felipe Neto.
A ideia é que eles ajudem não apenas nas propostas, mas também na articulação do governo com vários setores da sociedade. Isso porque os influenciadores contam com milhões de seguidores nas redes sociais, o que pode facilitar o diálogo e a mobilização de pessoas, em especial, dos jovens.
"Meu trabalho é ajudar o governo a conversar com a população sobre educação financeira, pessoas que estão endividadas, pensar em políticas públicas e soluções para o presidente", escreveu Nath Finanças, nas redes sociais. Ela diz ainda que o cargo também prevê conversas com Lula e ministros.
A primeira reunião aconteceu ontem (4), no Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores. Diversos dos maiores empresários do país defenderam a importância de uma reforma tributária e de um crescimento mais forte da economia. Também criticaram as atuais taxas de juros.
Na abertura, a presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza, Luiza Trajano, defendeu que o governo federal apresente o mais cedo possível soluções concretas para o país.
O Conselho do Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República conta ainda com Isaac Sidney, presidente da Febraban, Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp, Rubens Ometto, da gigante Cosan, e o empresário do agronegócio Eraí Maggi, conhecido como "Rei da Soja" e primo do ex-ministro Blairo Maggi.
A lista do governo também inclui o cardiologista Roberto Kalil Filho, médico do presidente Lula, que recentemente participou do então grupo de saúde da equipe de transição do novo governo. Outro nome da área da saúde que chama atenção é o da médica cardiologista e intensivista Ludhmila Hajjar. Isso porque, em março do ano passado, ela recusou o convite para ser ministra da Saúde de Bolsonaro.
No decreto, o Palácio do Planalto incluiu o nome da cientista política Ilona Szabó de Carvalho, que chegou a ser nomeada para assumir uma suplência no Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), na gestão do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro, durante o mandato bolsonarista. Ela acabou sendo demitida logo em seguida, entretanto, por pressão dos eleitores do ex-presidente.