Covid-19: Brasil iguala recorde com 204 mortos em 24 h; total chega a 1736
O Ministério da Saúde anunciou hoje que subiu para 1.736 o número de mortes pelo novo coronavírus no Brasil. Até ontem, eram 1.532 mortes no total.
O aumento de 204 óbitos confirmados em 24 horas iguala o resultado divulgado ontem — o maior registrado no país em um dia. O recorde anterior era de 141 mortes, divulgadas no dia 9 de abril.
O anúncio de hoje, no entanto, não significa necessariamente que 204 pessoas morreram nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, o Ministério da Saúde tem somado ao balanço diário mortes ocorridas dias atrás, mas com confirmação de covid-19 no último dia. Ao menos17 das 204 mortes anunciadas hoje, por exemplo, ocorreram no mês passado.
No total, são 28.328 casos oficiais no país, segundo os dados mais recentes do governo federal. São 3.058 novos diagnósticos confirmados, um novo recorde em 24 horas.
A taxa de letalidade — que compara os casos já confirmados no Brasil com a incidência de mortes — é de 6,1%.
No total, as mortes relacionadas ao vírus em cada estado são:
Acre (3); Alagoas (4), Amapá (7); Amazonas (106); Bahia (27); Ceará (116); Distrito Federal (17); Espírito Santo (18); Goiás (15); Maranhão (34); Mato Grosso (4); Mato Grosso do Sul (4); Minas Gerais (30); Pará (21); Paraná (38); Paraíba (21); Pernambuco (143); Piauí (8); Rio Grande do Norte (19); Rio Grande do Sul (19); Rio de Janeiro (265); Rondônia (2); Roraima (3); Santa Catarina (28); São Paulo (778); Sergipe (4); Tocantins (1).
Hoje pela manhã, foi confirmada a primeira morte por coronavírus no Tocantins. A vítima tinha 47 anos, era funcionária da secretaria de saúde de Palmas e hipertensa. Francisca Romana de Souza Chaves foi internada na UTI no dia 18 de março após o agravamento da covid-19, segundo informações da Rádio Bandeirantes.
Governo testará novo remédioO Ministério da Ciência e Tecnologia informou hoje que o Brasil testará nas próximas semanas um "remédio promissor" que, segundo análises in vitro, demonstrou ter 94% de eficácia em ensaios com células infectadas pelo novo coronavírus.
Ao menos 500 pacientes com a covid-19, desde que não estejam em estado grave, participarão dos estudos clínicos, de acordo com o governo.
Wanderson não saiO secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, pediu demissão na manhã de hoje. A informação foi confirmada pela própria pasta, mas o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse em coletiva que não aceitou o pedido.
"Estamos aqui eu, o Vanderson e o [secretário-executivo do Ministério, João] Gabbardo. E hoje não é diferente. Estamos aqui. Entramos no Ministério juntos, estamos no Ministério e sairemos do Ministério juntos", afirmou Mandetta.
" Hoje teve ruído por causa do Wanderson, que ele falou que ia sair e isso chegou lá para mim e disse que não aceito. O Wanderson está aqui, acabou esse assunto e nós vamos trabalhar juntos até o momento de sairmos juntos do Ministério da Saúde. Por isso fiz questão de vir até aqui na coletiva de hoje", completou.
Um dos homens de confiança de Mandetta, Wanderson enviou uma carta a seus subordinados nesta manhã avisando que não ficaria mais no ministério e que o ministro havia informado a seus auxiliares que seria demitido até o final desta semana.
Na mensagem enviada aos colegas, Oliveira afirmou que "a gestão de Mandetta acabou" e que precisava se preparar "para sair junto". Ele disse ainda que "só Deus para entender o que querem fazer".