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"Não vote em racista": leia as reações aos ataques de Michelle Bolsonaro às religiões afro

Não vote em racista leia as reações aos ataques de Michelle Bolsonaro às religiões afro
Movimentos se posicionam sobre o caso; nas redes sociais, usuários apontam que "intolerância religiosa é crime"

Movimentos populares, organizações, entidades, políticos, artistas e influenciadores se posicionaram, na manhã desta quarta-feira (10), contra os ataques às religiões de matriz africana feitos pela primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Na segunda-feira (8), a primeira-dama compartilhou uma publicação que afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "entregou sua alma para vencer essa eleição". O texto é acompanhado por um vídeo que exibe encontros do petista com lideranças de religiões de matriz africana.

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Entre as principais hashtags das postagens contrárias ao ataque de Michelle Bolsonaro estão: "intolerância religiosa é crime" e "não vote em racista", esta última em referência ao marido da primeira-dama, o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição neste ano.

O uso do vídeos por bolsonaristas já foi alvo de uma representação feita pela Coalizão Negra por Direitos, que apontou a promoção de discurso de ódio. Em janeiro deste ano, uma dessas peças foi manipulada para sugerir que Lula declarava ter uma relação com o demônio.

Segundo a Coalizão à época, associações como essas são racistas, extrapolam o limite da liberdade de expressão e têm o objetivo de indignar e gerar ódio.

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A Frente Inter-Religiosa Dom Paulo Evaristo Arns por Justiça e Paz publicou, na terça-feira (9), uma nota em que expressa preocupação com declarações os ataques de Michelle Bolsonaro.

"Em nome do respeito à fé, pedimos que a primeira-dama se retrate imediatamente, dentro dos princípios cristãos de amor ao próximo que afirma professar e aja em conformidade com as leis que regem nosso país, a fim de que seja verdadeiramente uma pátria para todos os brasileiros e brasileiras, indistintamente de opção religiosa ou política", diz o documento.

Leia algumas das principais reações ao caso:

Michelle expressa fanatismo religioso em todas as suas falas e condutas. Mas o acontecimento de hoje foi além! Intolerância religiosa e crime de racismo cometidos por uma primeira dama, é grave e determina ainda mais a nossa URGÊNCIA em derrotar Bolsonaro e o bolsonarismo!

— Mônica Francisco (@MonicaFPsol) August 10, 2022

Graças a Deus, cada vez mais eu tô ouvindo amigos evangélicos de verdade indignados com a baixaria e a canalhice da Micheque atacando as religiões africanas naquele vídeo. Como diz o Don L, "Jesus não estaria do lado deles" Não vote em racista . Intolerância religiosa é crime

— Orlando Silva (@orlandosilva) August 10, 2022

Michelle Bolsonaro praticou o crime de Intolerância Religiosa ao chamar as religiões de matriz africana de "trevas". Art. 20 da Lei Antirracismo: Art. 20 - Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

— Leonel Radde (@LeonelRadde) August 9, 2022

O que feliciano faz é crime de intolerância religiosa.

Maligna é a ideologia do "pastor", que distorce a crença dos outros para propagar o ódio.

É inaceitável que uma pessoa assim siga sendo eleita e influenciando tantas pessoas a atentarem contra a liberdade de crença. pic.twitter.com/OX7COjafxn

— Judeus pela Democracia - Oficial (@jpdoficial1) August 10, 2022

Defender Estado laico não é intolerância religiosa.

Associar religião alheia ao maligno é intolerância religiosa.

Dizer que o país é de uma religião específica é intolerância religiosa.

Usar a própria fé religiosa como justificativa para obter voto é farisaísmo.

— Cláudio Couto #ForadaPolíticaNãoháSalvação (@claudio_couto) August 9, 2022

???? Intolerância religiosa no Brasil é crime previsto no art.208 do Código penal

O @twitterbrasil deveria sentir vergonha de deixar uma postagem com intolerância religiosa em sua plataforma

Denunciem e marquem o Twitter aqui nos comentários ???????? pic.twitter.com/dcV71pOXm5

— Sleeping Giants Brasil (@slpng_giants_pt) August 9, 2022

INTOLERÂNCIA RELIGIOSA É CRIME e Michele sabe disso. Força uma demonização das religiões de matriz afro só para fidelizar o voto evangélico. Para respeitar toda a forma de fé NÃO VOTE EM RACISTA.

— MTST (@mtst) August 10, 2022

Marco Feliciano deveria ser banido desta rede social e ir direto para a prisão. Intolerância religiosa é crime. Inadmissível que ainda se deixe propagar isso no twitter. Denunciem ele o quanto puderem até que a sua conta caia.

— Jonas Di Andrade (@jonasdiandrade) August 9, 2022

TIC TAC

Faltam 144 dias para o fim do pior governo que o Brasil já teve. Até lá, todos os dias, postarei uma frase para lembrar desse fracasso.

Família que faz apologia a tortura e estupro não respeita a religião dos outros. INTOLERÂNCIA RELIGIOSA É CRIME

????????????????????????

— Pedro Curi Hallal (@PedroHallal) August 10, 2022

Sou cristão, mas jamais serei intolerante com outras religiões. Acredito que todo mundo precisa ser respeitado. Aprendi em casa a pregar a tolerância, com meu pai, que veio do Líbano para o Brasil por causa da intolerância religiosa contra os cristãos no Oriente Médio.

— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) August 10, 2022

Bom dia! Abrindo os trabalhos aqui com 3 lembranças importantes. RACISMO É CRIME

INTOLERÂNCIA RELIGIOSA É CRIME

NÃO EXISTE CARTILHA ENSINANDO CRIANÇAS A USAR CRACK

— Jandira Feghali ???????????? (@jandira_feghali) August 10, 2022

Nesta terça-feira (09), Michelle Bolsonaro compartilhou um vídeo que associa as religiões de matriz africana às trevas e ataca o presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT). pic.twitter.com/BBqkfIpaTC

— Alma Preta (@Alma_Preta) August 10, 2022

No mesmo dia, Bolsonaro teve uma atitude homofóbica num podcast e Michelle Bolsonaro faz um post incentivando intolerância religiosa.

Não são erros na forma de se expressar. É exatamente isso que eles pensam.

Não votem em racista (nem em homofóbico)

— Quebrando o Tabu (@QuebrandoOTabu) August 9, 2022

A Michelle Bolsonaro decidiu também fazer o L. Mas não se empolguem não, não é L de Lula. É o L de Laranja da milícia!

— André Janones (@AndreJanonesAdv) August 9, 2022

Michelle Bolsonaro agora insufla a perseguição às religiões de matriz africana. O país nunca teve uma primeira-dama tão obscurantista. Seu fanatismo é sem limites. Nela, a tara religiosa está a serviço do pior. Ninguém se casa com Jair impunemente.

— Fernando de Barros e Silva (@fernandobarros) August 9, 2022

Muitos não entendem a gravidade da declaração da Michelle Bolsonaro, gente que não faz ideia do que é viver na mira de uma estrutura de poder montada para te destruir: pois é exatamente isso que essa teocracia difusa que nos domina representa para o povo de terreiro.

— Orlando Calheiros (Escutem o Cálice!) (@AnarcoFino) August 9, 2022

Intolerância religiosa contra religiões de matrizes africanas, além de racismo, é CRIME (Lei n.º 9.459 de 1997).

NÃO VOTE EM RACISTA pic.twitter.com/5bKOCQwySW

— tesoureiro (@tesoureiros) August 9, 2022

Edição: Thalita Pires

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