Metaverso: influência na transformação do setor bancário
Discussões em âmbito global, investimentos de empresas de diversos setores e a crescente aceitação da população fazem dele um ambiente tecnológico promissor e, ao mesmo tempo, desafiador.
Ainda é cedo para avaliar sobre seu futuro com exatidão, porém, tal como aconteceu com os telefones celulares (gigantes e com antenas), que foram evoluindo, melhorando de acordo com a necessidade dos usuários e oferecendo um melhor custo-benefício, as inovações tecnológicas do Metaverso são promissoras e certamente vão impactar diretamente o setor bancário.
Nos últimos anos, bancos e financeiras se tornaram mais transparentes e flexíveis, adaptando-se às necessidades de seus clientes, e essa relação tende a se fortalecer ainda mais com o Metaverso, que abre novas e enormes possibilidades por meio de experiências imersivas e interações em mundos virtuais.
Segundo dados da pesquisa "Metaverse Hype", realizada pelo Instituto Gartner, pode ser que, até 2026, cerca de ¼ da população mundial passe pelo menos uma hora por dia no Metaverso. E isso, de acordo com dados da Analysis Group, tende a representar 2,8% do PIB mundial — ou seja, US$ 3 trilhões.
Uma verdadeira revolução, que deve ser vista como uma oportunidade que vai além de criar e impulsionar a melhoria dos serviços e atendimentos.
Esse grande potencial será visto dentro dos diversos ambientes digitais de compra e venda de produtos e serviços, por meio de entretenimento, lazer, educação ou, até mesmo, no trabalho, além de negociações de ativos digitais que envolvam o blockchain e os NFTs.
Entre as possibilidades básicas, estão a interação de avatares que resolvem problemas do atendimento aos clientes, que analisam créditos imobiliários, discutem planos de investimento, fazem cursos de educação financeira, etc. Mas as perspectivas para, no futuro, realizar uma troca de informações totalmente personalizada e disponível a qualquer momento, local ou idioma, são grandes.
Seja dentro de metaversos já existentes, seja em um espaço próprio, para que essas interações aconteçam, será necessário escutar as exigências dos consumidores, entender a nova jornada de compra e saber como criar novas conversas e produtos. Em outras palavras, será preciso construir confiança, relações positivas e trocas verdadeiras.
Tudo isso sem se esquecer do cuidado com as fraudes no ambiente financeiro, que podem aumentar dentro do ambiente virtual. Por isso, a discussão sobre compartilhamento e privacidade de dados somada a orientações de cuidados com senhas e verificações em diversas etapas precisam ser repensadas e devem estar presentes nas próximas pautas.