Fábio Porchat defende mulheres que acusaram Marcius Melhem: 'Acredito nelas'

Fábio Porchat defendeu as mulheres que acusaram Marcius Melhem de assédio moral quando ele ainda era o diretor dos projetos de Humor da Globo. "Quando começou essa história, até liguei para ele. Mas acredito nelas. São muitas falando coisas graves", afirmou o apresentador do Que História é Essa, Porchat?.

Em entrevista ao jornal O Globo, o comediante declarou que foi pego de surpresa pelo depoimento da amiga Dani Calabresa. "Não foi só por causa da denúncia dela. Foram várias. Não sei sobre os casos. Sei da Dani porque conversei com ela. Não dá mais para as empresas serem coniventes com esse tipo de comportamento", ressaltou o marido de Nataly Mega.

Questionado sobre amizade entre humoristas, o integrante do Porta dos Fundos contou que o mundo da comédia é muito unido. "Quer dizer, o governo Bolsonaro separou as pessoas, mas, de maneira geral, somos chegados. Estou sempre falando com o [Marcelo] Adnet, com o Paulo Gustavo, mando mensagem para a Tatá [Werneck], que não responde nunca! Coitada, está com uma criança em plena pandemia!", brincou.

O humorista foi demitido da Globo no dia 14 de agosto deste ano. Ele estava afastado de suas funções desde março por "motivos pessoais", mas ao retornar ao trabalho acabou dispensado.

No Twitter, o ator afirmou que deseja passar mais tempo com as filhas. Em nota, a emissora informou que Silvio de Abreu assumiria em definitivo a área de Humor, administrando em paralelo a de Dramaturgia Diária e Semanal (novelas e séries). 

Na mesma época, Marcelo Adnet disse que não sabia das denúncias de assédio contra Marcius Melhem na Globo. Em entrevista para o Roda Viva, da TV Cultura, o humorista explicou que o convívio com o ex-diretor dos projetos de Humor da emissora era maior em cena e não na jornada executiva que o colega vivenciou nos últimos anos.

O desligamento amigável de Marcius Melhemvirou motivo de descontentamento de atores da emissora. Em comunicado oficial, o profissional foi elogiado pela "parceria de 17 anos de sucessos" mesmo após as denúncias. Os aplausos em sua saída resultaram em uma carta de protesto enviada para o diretor-geral Carlos Henrique Schroder.