Morte de Klinger Araújo gera comoção e autoridades lamentam perda
MANAUS – Autoridades políticas lamentaram a morte do cantor amazonense Klinger Araújo, 51. Conhecido pela interpretação de toadas no Festival Folclórico de Parintins, Klinger não resistiu às complicações provocadas pela Covid-19 e faleceu na manhã desta terça-feira, 29.
O ex-governador do Amazonas Amazonino Mendes se referiu ao artista como ‘Furacão do Boi’, como era conhecido, e classificou a morte como uma grande perda para o mundo da arte.
“O mundo da arte e do encantamento da música dos bumbás de Parintins perdeu um ser humano especial e um artista importante que entra para a história do nosso Estado. Lamento e me entristeço com sua morte, e me solidarizo com seus familiares, amigos e milhares de fãs. O Amazonas inteiro reconhece a imensa contribuição de Klinger Araújo, o nosso ‘Furacão do Boi’, para a nossa cultura e a alegria de nosso povo”, disse.
Para o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, o estado perdeu um ícone do folclore amazônico. “Aos 51 anos, Klinger ou o ‘Furacão do Boi’, como era conhecido, deixa a cidade de Manaus e todo o Amazonas de luto e com o coração entristecido. É mais uma vítima dessa doença nefasta e sai de cena, prematuramente, deixando o sentimento de que ele ainda tinha muito a contribuir com nossas manifestações culturais”, disse o prefeito.
O ex-prefeito de Manaus, Alfredo Nascimento, se solidarizou com a família e fãs. “Mais uma vida que se foi por conta desse inimigo invisível, o novo coronavírus. Klinger lutou até o fim para vencer essa doença, mas teve complicações e não resistiu. Oro a Deus para que conforte toda a família e fãs neste momento tão difícil em que não foi possível vencer a batalha contra a Covid-19. Fica o exemplo de um artista que alegrou e encantou milhares de fãs com seu talento e bom humor”, disse Alfredo.
O candidato a prefeito de Manaus, Marcelo Amil, lamentou a morte de Klinger que ocorreu quase seis meses após a morte de outro levantador de toada, Arlindo Júnior. “Depois de nove meses que perdemos o Pop da Selva (Arlindo Júnior), é a vez de dar adeus ao nosso Furação do Boi. É uma notícia que entristece nossos corações. O Klinger Araújo sempre foi uma figura fantástica, um cara alegre e sempre carismático. Ele vivia realmente o Boi Bumbá, não só como profissão, mas como movimento. A arte era uma verdade na vida dele. Que ele descanse em paz, e agora o que fica é a saudade desse grande artista”, disse Amil.
O secretário de Cultura, Marcos Apolo Muniz, manifestou pesar pelo falecimento do antigo colega de trabalho e afirmou que Klinger deixa um legado cultural. “Klinger era uma pessoa extraordinária, que sempre emanava coisas boas. Inspirador, alto astral. Deixa um legado cultural gigante, uma história relacionada à rádio, onde trabalhou durante muito tempo. Trabalhamos juntos em alguns programas de rádio, na Difusora, por exemplo. Um artista inigualável, versátil, irreverente e muito talentoso”, disse o secretário.
Para o ex-deputado estadual David Almeida (Avante), candidato a prefeito, Klinger Araújo foi “um artista da terra que cantou e encantou multidões com a força da sua voz e ganhou respeito com a sua arte, e deste modo, prestou relevantes serviços a cultura do Amazonas como um dos primeiros a levar as toadas de Parintins para o Brasil”.
Já a Associação Folclórica Boi-Bumbá Garantido definiu o cantor como “grande artista parintinense”. “Um dos autores da obra prima do boi do povão, ‘Alma Rubra’, classificou, em nota.
“Klinger foi um trabalhador efetivo da arte de Parintins e durante décadas atuou para divulgar a nossa Cultura. É uma perda inestimável para todos nós! A este ícone da cultura de Parintins, o nosso profundo agradecimento”, divulgou o bumbá.
O deputado estadual Ricardo Nicolau disse que Klinger foi dono de uma trajetória artística da mais absoluta importância para a cultura amazonense, um dos responsáveis por popularizar a toada de Parintins em Manaus e em todo o Brasil, na década de 1990. “Klinger parte deixando a saudade de sua alegria contagiante e o exemplo de profissionalismo, amizade, comprometimento e contribuição para a arte do Boi Bumbá”, disse.