Metrô amanhece em greve na Grande BH

Metrô amanhece em greve na Região Metropolitana de BH. — Foto: Júlio César Santos/TV Globo

Nesta manhã, as 19 estações estão fechadas. Os metroviários protestam contra a privatização.

O Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro-MG) tomou a decisão depois do Tribunal de Contas da União (TCU) aprovar, por unanimidade, a desestatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos em Minas Gerais (CBTU-MG).

O edital de privatização da CBTU-MG deve sair em 30 dias e o leilão está previsto para o fim de 2022.

A categoria teme a demissão dos concursados que trabalham na CBTU-MG e o aumento no valor das passagens. São cerca de 2 mil funcionários.

Ainda não se sabe se os carros funcionarão nos horários de pico ou se haverá paralisação geral.

Paulo Henrique, diretor de comunicação do Sindimetro-MG, disse que o estado é de greve geral e por tempo indeterminado.

No início do ano, os funcionários fizeram a greve mais longa da história, que durou 40 dias.

Segundo a CBTU-MG, na oportunidade, cerca de 70 mil usuários foram prejudicados, por dia, pela greve.

A companhia ainda afirmou que em dias úteis normais, aproximadamente 100 mil passageiros usam o metrô.

Leia a íntegra da nota:

"Em atendimento a este veículo de imprensa, a CBTU informa que foi notificada da decisão tomada pelos metroviários em Assembleia, da deflagração de greve, a partir da próxima quinta-feira (25/08/22).

O motivo da decisão, segundo o Sindimetro, é o julgamento, em que foi aprovado por unanimidade, o processo de desestatização da CBTU-MG pelo Tribunal de Contas da União (TCU) nesta quarta-feira (24).

A Companhia informa que está tomando todas as medidas administrativas e judiciais possíveis, incluindo pedido de liminar, a fim de garantir a manutenção do serviço de transporte sobre trilhos à população da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Acerca dos questionamentos formulados pelo Sindicato, a CBTU frisa, mais uma vez, que não possui respostas sobre o processo de desestatização, haja vista que as diretrizes e ações a respeito ainda estão internalizadas junto a CPPI (Conselho do Programa de Parceria de Investimentos), portanto, conduzidas pelo Ministério da Economia e do Desenvolvimento Regional. Assim, as demandas relativas ao processo devem ser endereçadas àqueles entes, para que haja informações concretas"

Leia a íntegra da nota:

"O SETRABH vai monitorar os efeitos no sistema, e se, houver necessidade, irá aumentar o número de viagens, porém destaca que a linha do METRÔ de Belo Horizonte impacta diretamente no sistema METROPOLITANO DE TRANSPORTE COLETIVO POR ÔNIBUS que, sem o modal férreo, sofre aumento importante na demanda que vem das cidades vizinhas.

Já o sistema de BH, neste cenário, pode ter inclusive impacto na diminuição de passageiros, pois o modal férreo tem capacidade maior e menos paradas, enquanto as linhas de ônibus metropolitanas TEMPORÁRIAS e SUBSTITUTIVAS fazem mais paradas e o passageiro, por esta razão, pode não necessitar da linha urbana."