Congresso norte-americano cassa mandato de George Santos

O Congresso dos Estados Unidos decidiu nesta 6ª feira (1º.dez.2023) cassar o mandato do deputado George Santos, filho de imigrantes brasileiros, acusado de fraude eletrônica, lavagem de dinheiro, roubo de fundos públicos e de fazer declarações falsas à Câmara dos Deputados. As informações são do New York Times.

Na sessão desta 6ª feira (1º.dez), 311 deputados votaram a favor da expulsão do republicano e 114 foram contra. A quantidade de votos favoráveis à cassação de Santos entre integrantes de seu próprio partido foi um fator determinante. Ele nega as acusações e enfrenta 23 processos judiciais nos EUA.

Em 2 de novembro, a Câmara dos EUA rejeitou o pedido de cassação do mandato de Santos. Foram 213 votos contra a cassação, 179 a favor e 19 abstenções. Para ser aprovado, o pedido precisaria da aprovação de ao menos 2/3 dos deputados, ou 290 votos.

A investigação contra o republicano foi aberta em 2 de março pelo Comitê de Ética da Câmara dos Deputados dos EUA. 

Em uma sessão no tribunal federal de Long Island em 10 de maio, o deputado republicano se declarou inocente das 13 acusações feitas por promotores dos EUA, que inclui 7 acusações de fraude eletrônica, 3 acusações de lavagem de dinheiro, uma acusação de roubo de fundos públicos e 2 acusações de fazer declarações falsas à Câmara dos Deputados.

Santos já havia admitido que não fez faculdade nem passou por empresas de Wall Street. Alegou ter cometido os erros sob pressão e teria mentido para “ser aceito” pelos integrantes do Partido Republicano.

Além da acusação de fraude do currículo, George Santos foi acusado de assédio sexual e violações éticas por um homem chamado Derek Myers, que diz ter trabalhado no gabinete do deputado.

Irregularidades de pagamentos também foram encontradas. Em 15 de janeiro de 2023, o jornal New York Times publicou que Santos fez uma série de pagamentos incomuns usando a verba destinada a sua campanha eleitoral.

George Santos foi eleito para representar o 3º distrito do Estado de Nova York nas eleições de meio de mandato nos EUA, realizadas em novembro de 2022. Ele recebeu 54,1% dos votos. O congressista se alinha à ala mais conservadora do Partido Republicano. Na campanha, tinha um discurso considerado homofóbico e transfóbico.