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Quem passa de França x Polônia e Inglaterra x Senegal? Análise do 2º dia de oitavas da Copa

Quem passa de França x Polônia e Inglaterra x Senegal Análise do 2º dia de oitavas da Copa
Copa do Catar continua fase mata-mata neste domingo, com jogos às 12h e 16h, e blog segue com análises em texto, áudio e vídeo de todas as partidas decisivas; confira

França e Polônia se enfrentam às 12h deste domingo, pelas oitavas de final da Copa do Mundo. Na sequência, às 16h, jogam Inglaterra e Senegal também tentando passar para as quartas.

O blog segue a série de análises em texto, vídeo e áudio (em episódios especiais do podcast Embolada) dos jogos do mata-mata no Catar. Confira:

França x Polônia
França x Polônia: quem passa? Cabral Neto analisa e dá palpite sobre o jogo das oitavas

França x Polônia: quem passa? Cabral Neto analisa e dá palpite sobre o jogo das oitavas

A França terminou a fase de grupos com uma derrota, mas sua classificação veio com a esperada facilidade.

Com a vaga já garantida, Deschamps utilizou seu time reserva diante da Tunísia e perdeu por 1 a 0.

Numa atuação que diz mais sobre os jogadores do que sobre a escolha do treinador.

Apesar de não considerar Deschamps à altura do imenso potencial do seu elenco, a escolha por segurar seus principais atletas foi correta. Mas seus reservas pareciam mais desmobilizados do que deveriam.

É verdade que o alto número de lesões impacta fortemente no time B francês, afinal de contas, se estivesse com sua força máxima, Rabiot, Giroud e Tchouamèni, por exemplo, não seriam titulares da equipe.

Desconsiderando essa partida, a França só teve dificuldades nos primeiros minutos da estreia, mas após sofrer o gol da Austrália e com a entrada do ótimo Theo Hernandez na lateral esquerda, Mbappé se aproximou mais da área, o time cresceu e massacrou seu adversário de estreia.

Deschamps e Mbappé comemoram vitória da França na Copa — Foto: FRANCK FIFE / AFP
1 de 4 Deschamps e Mbappé comemoram vitória da França na Copa — Foto: FRANCK FIFE / AFP

Deschamps e Mbappé comemoram vitória da França na Copa — Foto: FRANCK FIFE / AFP

Na sequência, muita superioridade e uma vitória convincente diante da Dinamarca.

As surpreendentes atuações de Rabiot tornaram o meio-campo mais forte e minimizaram a ausência de Kanté.

O excelente Tchouameni se encaixou bem na vaga de Pogba e Giroud mostrou faro de gol pra diminuir o impacto da ausência de Benzema.

Esses três jogadores se tornaram muito importantes na estrutura da equipe e fizeram a França manter sua ótima capacidade de se impor no jogo.

Ainda mostra um antigo defeito, que são os momentos de baixa pressão na marcação, expondo seus zagueiros e se tornando mais vulnerável por alguns instantes, além de reduzir sua capacidade de roubar a bola e contra-atacar, talvez sua arma mais perigosa.

Destaques individuais da fase de grupos: Mbappé, Rabiot e Griezman

A Polônia vai precisar surpreender muito se quiser ter alguma chance nessa disputa.

A pobreza do jogo polonês é sua maior marca nesse mundial.

Chega a dar pena o desperdício do talento do melhor centroavante do planeta.

Lewandowski mal é acionado no comando de ataque.

A última partida da fase inicial foi melancólica, a Polônia mal passou da linha de meio-campo e mais uma vez precisou ser salva por Szczesny várias e várias vezes diante da Argentina, inclusive em pênalti cobrado por Messi.

Szczesny e Lewandowski conversam durante jogo da Polônia na Copa do Mundo do Catar — Foto: KIRILL KUDRYAVTSEV / AFP
2 de 4 Szczesny e Lewandowski conversam durante jogo da Polônia na Copa do Mundo do Catar — Foto: KIRILL KUDRYAVTSEV / AFP

Szczesny e Lewandowski conversam durante jogo da Polônia na Copa do Mundo do Catar — Foto: KIRILL KUDRYAVTSEV / AFP

Mesmo contando com jogadores de bom nível técnico e capacidade de construir ou concluir jogadas como Zielinski, Krychowiack, Milik e o ótimo Lewandowski, os problemas da seleção polonesa vão muito além do lado individual, falta plano de jogo, soluções coletivas e estratégia.

Talvez esse confronto seja o mais desigual nas oitavas de final, em termos de expectativa de resultado.

A Polônia vai precisar ser o que não foi em nenhum momento desse mundial e ainda torcer pela pior atuação francesa dos últimos anos.

Destaques individuais da fase de grupos: Szczesny e Zielinski

Palpite: França
Inglaterra x Senegal
Inglaterra x Senegal: quem passa? Cabral Neto analisa e palpita sobre jogo das oitavas

Inglaterra x Senegal: quem passa? Cabral Neto analisa e palpita sobre jogo das oitavas

Inglaterra

A Inglaterra foi se moldando durante a primeira fase.

É claro que uma equipe no nível da Inglaterra não chega (e não chegou) desarrumada a uma Copa do Mundo, mas Southgate mudou sua escalação na última rodada e encontrou boas soluções.

O time teve ótima estreia e goleou o Irã por 6 a 2, com bom repertório de jogadas e um absoluto domínio, mas a mesma escalação teve problemas diante dos Estados Unidos, especialmente no primeiro tempo.

Pra fechar a fase de grupos, o English Team, entrou com algumas novidades.

Saíram Saka e Sterling das pontas e entraram Foden e Rashford, Mount perdeu a posição no meio-campo e Henderson ganhou espaço.

Rashford e Foden em jogo da Inglaterra na Copa do Catar — Foto: JAVIER SORIANO / AFP
3 de 4 Rashford e Foden em jogo da Inglaterra na Copa do Catar — Foto: JAVIER SORIANO / AFP

Rashford e Foden em jogo da Inglaterra na Copa do Catar — Foto: JAVIER SORIANO / AFP

Perdeu aceleração sem Saka, ganhou construção de jogadas com Foden.

Rice e Bellingham permaneceram na cabeça de área e Kane no comando do ataque.

No segundo tempo dessa última partida contra País de Gales, Southgate inverteu os lados de Foden, que passou a jogar na esquerda, e Rashford foi pra direita. A mexida surtiu efeito e o placar saiu do 0 a 0 do intervalo pra um 3 a 0 incontestável.

Não é muito o perfil de Southgate, mas imaginando uma possibilidade de atuar com Foden centralizado, Saka e Rashford pelos lados e Kane de centroavante, abriria a expectativa de um ataque dificílimo de ser enfrentado. E mesmo que não aconteça como escalação inicial, é uma alternativa para momentos mais complicados de alguma partida.

Ainda contando com Mount, Sterling, Grealish e Arnold como grandes opções ofensivas no banco.

O time ainda fica devendo em ideias coletivas, algo que acompanha todo o ciclo de trabalho de Southgate, mas há três fatores que fazem a diferença:

  1. O grupo de jogadores ingleses é muito talentoso e compensa algumas falhas do treinador
  2. A equipe se fortalece demais depois que abre o placar da partida e passa a ter mais momentos de rápidas transições ofensivas (ponto alto da equipe)
  3. A força de um time que vem sempre chegando nas fases decisivas nos torneios mais importantes dos últimos anos.

Destaques individuais na fase de grupos: Kane, Bellingham e Rashford.

A Inglaterra vai enfrentar um adversário muito mais perigoso nas oitavas de final.

Senegal tem muito mais repertório que Irã, Estados Unidos e País de Gales.

A seleção africana é bem organizada, tem equilíbrio, pode variar seu jogo, sabe se impor atuando com quatro atacantes, mostra versatilidade e pode ser competitiva com três volantes.

Não depende do contra-ataque como os galeses, é mais constante durante as partidas que os americanos e tem muito mais qualidade individual que o Irã, por exemplo.

Sabe se defender e tem talento pra atacar.

Koulibaly Senegal — Foto: Reuters
4 de 4 Koulibaly Senegal — Foto: Reuters

Koulibaly Senegal — Foto: Reuters

Sua única derrota foi fruto de um placar destorcido, o 2 a 0 da Holanda não descreveu um jogo muito mais equilibrado do que o resultado indica, com Senegal sendo melhor durante boa parte do confronto.

Na sequência, dominou amplamente o Catar e se impôs diante do bom time do Equador.

Claro que a gente também pode refletir e constatar que Senegal também terá pela frente um adversário muito melhor e mais qualificado que os três primeiros e, por isso, vai precisar ir além pra surpreender.

Chegou a hora em que a falta do craque Sadio Mané deverá ser bem acentuada, mas é justo pontuar que Ismaila Sarr assumiu um bom papel de protagonista, sempre com o auxílio luxuoso de Pape Gueye. Os dois fortalecem bastante o jogo pelo lado esquerdo.

E o bom centroavante Boulaye Dia tem se aproveitado desse poder de construção de jogadas da dupla.

Destaques individuais da fase de grupos: Edouard Mendy, Gana Gueye e Ismaila Sarr

Palpite: Inglaterra
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