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Análise: Posse de Bola #166: Corinthians e São Paulo opostos, Fla persegue o Galo

Análise Posse de Bola 166 Corinthians e São Paulo opostos Fla persegue o Galo
O São Paulo mais uma vez teve dificuldades diante da lanterna Chapecoense, ficando
Classificação e Jogos

O São Paulo mais uma vez teve dificuldades diante da lanterna Chapecoense, ficando no empate em 1 a 1, e segue sem conseguir se afastar definitivamente da zona de rebaixamento do Brasileirão, além de encontrar dificuldades para pontuar na busca de uma vaga na Libertadores. O próprio técnico Crespo, que levou o time ao título paulista para encerrar um jejum de conquistas já tem seu trabalho questionado por alguns torcedores, mas o problema é o treinador?

No podcast Posse de Bola #166, os jornalistas Arnaldo Ribeiro, Eduardo Tironi, Juca Kfouri e Mauro Cezar Pereira analisam a situação do São Paulo, se o problema passa pelo treinador e como o time poderá se recuperar na reta final para não correr riscos e buscar uma campanha mais compatível com o investimento em seu elenco.

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Para Juca, a imagem de Hernán Crespo após o gol da Chapecoense mostrou uma imagem de alguém que não sabe mais o que fazer para recuperar o time e considera que o fator psicológico pode estar pesando para a postura adotada pelos atletas na temporada.

"A televisão focaliza o rosto do Crespo e o rosto do Crespo era o rosto de alguém que desistiu, de alguém que dissesse 'não dou mais conta, não consigo mais fazer esse time jogar. Eu não consigo e o time não parece muito interessado em jogar'. É verdade que o Rigoni fez um golaço e perdeu dois muito mais fáceis, o Calleri entrou, quase fez dois gols também, mas perdeu. Não parece que o time sente essa necessidade, não parece que o time vibra com a possibilidade de ganhar da Chapecoense", diz Juca.

"Tem ali de novo, apesar do título estadual, o São Paulo precisa de um terapeuta, porque é impressionante a apatia, é impressionante a falta de fibra que o time do São Paulo revela, é uma coisa de doido pensar que o São Paulo esteja nesta situação, a cinco pontos da zona do rebaixamento, não é possível, é uma cosia que só Freud para explicar", completa.

Arnaldo Ribeiro afirma que a saída mais simples para a diretoria poderia ser a troca do treinador, mas destaca que o problema do São Paulo vai além do técnico e já apareceu com os antecessores, além de considerar que a demissão de Crespo seria uma derrota da atual direção do clube.

"O que se viu ontem é uma coisa além, é uma apatia, uma letargia, é um pouco caso e uma falta de indignação, um conformismo, e o São Paulo está nessa toada a partir das reações dos treinador e dos jogadores, sobretudo dos jogadores mais importantes, dos líderes. Ganhar, empatar ou perder da Chapecoense tanto faz", diz Arnaldo.

"A torcida na arquibancada normalmente não aceita uma coisa: passividade, letargia, conformismo. Isso vai ser colocado à prova na quinta-feira. O que fazer? A coisa mais fácil, a coisa mais simples que normalmente a cartolagem faz é demitir o treinador, trocar o treinador. 'O Crespo perdeu o vestiário'. Aí vai lá, o Diniz perdeu o vestiário, o Cuca perdeu o vestiário… o Crespo tem uma questão além de ter perdido o vestiário, ele ganhou um título pelo São Paulo depois de não sei quantos anos", completa.

Mauro Cezar afirma que há uma aparente acomodação dos jogadores, porém, as falhas na criação apontam para um problema geral, que também passa pelo treinador, mas ressalta que a troca do técnico não uma decisão simples, além da dificuldade para encontrar alguém com condições de assumir o time na reta final do Brasileirão.

"Eu só não sei se vale à pena mandar embora o técnico porque eu não consigo imaginar quem que o São Paulo possa trazer agora sem se ver envolvido em uma discussão, em uma polêmica, porque o próprio Ceni hoje seria um personagem, não sei se é o personagem adequado pelo perfil, para esse momento, tem que ser uma pessoa que chegue com o extintor na mão para apagar o incêndio, ele, por exemplo, chegou no Cruzeiro e não funcionou", diz Mauro.

"Ao mesmo tempo, não ficar na zona de classificação da Libertadores, nessa bagunça que é o futebol na América do Sul, nove times devem se classificar para a Libertadores, também é vergonhoso. A meta é chegar em nono, 'ah não consegui'. Nono? Não estou falando de título e nem de quarto lugar, é nono. Será uma derrota terrível", conclui.

O programa também analisa a atuação do Corinthians diante do Red Bull Bragantino, o Palmeiras mais distante do Atlético-MG após o empate com o Juventude, a briga pelo título, com o Galo vencendo mais uma e o Flamengo seguindo na perseguição, o Grêmio em dificuldades na zona de rebaixamento, enquanto o Vasco embalou na Série B.

Posse de Bola: Quando e onde ouvir?

A gravação do Posse de Bola está marcada para segundas e sextas-feiras às 9h, sempre com transmissão ao vivo pela home do UOL ou nos perfis do UOL Esporte nas redes sociais (YouTube, Facebook e Twitter).

A partir de meio-dia, o Posse de Bola estará disponível nos principais agregadores de podcasts. Você pode ouvir, por exemplo, no Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts, Amazon Music e Youtube --neste último, também em vídeo. Outros podcasts do UOL estão disponíveis em uol.com.br/podcasts.

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