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Justiça Federal decreta bloqueio de R$ 500 milhões de 15 suspeitos de irregularidades na FGV

Justiça Federal decreta bloqueio de R 500 milhões de 15 suspeitos de irregularidades na FGV
Envolvidos no caso respondem por fraudes em licitações, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Nesta quinta (17) houve buscas em endereços no Rio de Janeiro e em São Paulo.
PF faz operação na FGV

PF faz operação na FGV

A Justiça Federal decretou o bloqueio de R$ 500 milhões de 15 investigados por suspeitas fraudes na Fundação Getúlio Vargas (FGV). A decisão é do juiz Vítor Valpuesta, da 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

Houve buscas de documentos em salas dos executivos que, segundo a Polícia Federal, formavam uma organização criminosa e praticavam ainda fraudes em licitações e lavagem de dinheiro.

A decisão judicial autorizou 29 mandados de busca e apreensão contra executivos e diretores da fundação no Rio de Janeiro e São Paulo.

O g1 pediu um posicionamento à FGV , que enviou nota dizendo que os membros da família Simonsen da investigação, não são os mesmos que têm ligação com a instituição (veja nota completa abaixo).

O presidente da instituição, Carlos Ivan Simonsen Leal, não é citado na operação desta quinta-feira.

Entre os citados estão César Cunha Campos, que foi diretor executivo da FGV Projetos, entre 2003 e 2019, e Ricardo Simonsen, diretor técnico da FGV Projetos desde 2003.

Durante o cumprimento de um dos mandados de busca e apreensão em um endereço, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade, um homem foi preso em flagrante por posse ilegal de arma. A identidade dele não foi divulgada.

Em 2019, Carlos Miranda disse ao Ministério Público Federal que a cúpula da FGV usava a Fundação para operacionalizar propinas e desvios de dinheiro. Segundo as investigações, a manobra "seria um biombo ilegal feito através de pareceres contratados para analisar contratos públicos".

As investigações apontam que os executivos investigados têm envolvimento na produção de pareceres fraudulentos de um setor da fundação chamado FGV Projetos. Essas análises viabilizaram, segundo as investigações, obras no então governo Sérgio Cabral e possibilitaram a distribuição de propinas aos envolvidos.

Um dos exemplos citados pelos procuradores foram os estudos para a realização da Linha 4 do metrô do Rio de Janeiro. Segundo o Ministério Público Federal, a FGV superfaturou contratos realizados por dispensa de licitação e era utilizada para fraudar processos licitatórios.

Segundo a decisão, os executivos da FGV encobriam os superfaturamentos e desvios com a contratação de empresas indicadas por agentes públicos, e também por empresas de fachada, criadas pelos próprios executivos.

As investigações apontam que os executivos da fundação também usavam empresas offshores em paraísos fiscais como Suíça, Ilhas Virgens e Bahamas. A ideia era, segundos os investigadores, ocultar os valores ilícitos.

Os procuradores também identificaram que alguns investigados enviaram dinheiro para fora do Brasil, sem declarar à Receita Federal.

Em 2018, a Lava Jato já havia apontado crimes envolvendo a FGV.

Na operação C'est Fini, os investigadores descobriram irregularidades no projeto de cooperação que a FGV fez com o governo do RJ no leilão do antigo banco do Estado do Rio de Janeiro, o Berj.

Na época, policiais e procuradores apontaram o pagamento de propina de R$ 6 milhões ao grupo comandado pelo governador Sérgio Cabral.

Em 2021, o Ministério Público Federal pediu o afastamento de integrantes da diretoria da FGV com base nessas investigações. Mas a fundação assinou um termo de ajustamento de conduta com o MP e conseguiu que a diretoria não fosse afastada.

Nota da Fundação Getúlio Vargas

"A Fundação Getútlio Vargas foi surpreendida na manhã dessa quinta-feira (17), com o cumprimento de mandados de busca e apreensão em suas dependências do Rio de Janeiro e de São Paulo, por força de decisão do Juiz Substituto da 3ª Vara Federal do Rio de Janeiro, Vitor Barbosa Valpuesta. Tal decisão acolhe pedido do Ministério Público Federal formulado em face de alegadas irregularidades em contratos firmados pela instituição, com base em depoimentos do ex-governador Sérgio Cabral, não obstante a sua delação ter sido anulada pelo Supremo Tribunal Federal.

Desde 2019 a FGV, assim como seus dirigentes, vêm sendo alvo de perseguição e vítimas de imputações quanto a supostos fatos de até 15 anos atrás, que redundaram no ajuizamento de uma Ação Civil Pública que teve sua inicial indeferida e, rigorosamente, versou sobre todos os temas agora utilizados para deferimento da medida de busca e apreensão.

Como se não bastasse, a FGV firmou Termo de Ajustamento com o Ministério Público do Rio de Janeiro, que foi homologado judicialmente e vem sendo regiamente cumprido, motivo, inclusive, de elogiosas manifestações por parte dos órgãos de fiscalização.

Causa, pois, estranheza e profunda indignação a reiteração, na esfera federal, de temas já sepultados perante a justiça estadual que, agora requentados, maculam gravemente a imagem de uma entidade que, há mais de 70 anos, tanto contribui para o desenvolvimento do Brasil, que, atualmente, é a 3ª mais respeitada instituição do mundo, em sua área de atuação.

A FGV reitera sua confiança nos poderes constituídos, em particular no Poder Judiciário brasileiro, e adotará todas as medidas cabíveis para defesa de sua história, que a tornou motivo de orgulho para o setor produtivo brasileiro, de sua imagem e da honradez com a qual, desde 1944, atua ao lado das principais instituições do País.

A assessoria de imprensa da FGV esclarece que não procede a alusão à família Simonsen na matéria sobre a investigação pela Polícia Federal de três personagens citados no inquérito com sobrenome homônimo. Não há “uma família Simonsen”, mas várias famílias Simonsen, tendo, cada uma, suas ramificações. A generalização da família Simonsen como se fosse um único núcleo, portanto, é incorreta."

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