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Fernando de Noronha em alerta após chegada de peixe invasor com grande potencial destrutivo

Fernando de Noronha em alerta após chegada de peixe invasor com grande potencial destrutivo
Uma nova invasão vem ameaçando o equilíbrio e a saúde ambiental do arquipélago de Fernando de Noronha, e dessa vez não estamos falando de hordas de turistas nem de empresários em busca do lucro explorando o paraíso, mas sim de um peixe – uma esp

Uma nova invasão vem ameaçando o equilíbrio e a saúde ambiental do arquipélago de Fernando de Noronha, e dessa vez não estamos falando de hordas de turistas nem de empresários em busca do lucro explorando o paraíso, mas sim de um peixe – uma espécie cuja presença em mares do qual não é nativo pode causar um prejuízo ecológico de grandes dimensões. O nome não poderia ser mais apropriado para representar um verdadeiro predador: o peixe-leão vem sendo avistado em Noronha desde dezembro de 2020, e até o final de fevereiro de 2022, 62 peixes da espécie já foram registrados nos mares do arquipélago brasileiro, e 38 foram capturados.

As cores, listras e espinhos venenosos do peixe-leão

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Com o corpo todo listrado e longas e elegantes barbatanas, o peixe-leão engana os peixes menores com sua aparência – sua crista, porém, traz espinhos venenosos, tóxicos inclusive para os seres humanos e, apesar de terem em tubarões, garoupas e outros peixes grandes seus predadores naturais, a espécie costuma se espalhar feito praga nas costas onde se estabelece, e causar grande desequilíbrio, principalmente sobre os peixes de médio e pequeno porte. No Caribe e nos EUA o peixe já é um problema há anos e, ao que tudo indica, a espécie chegou para ficar no Brasil, provavelmente trazida por correntes marinhas até as ilhas, a 350 quilômetros da costa do estado do Pernambuco.

O mergulhador Fernando Rodrigues capturando um peixe da espécie em Noronha

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Além da voracidade com que se alimenta e da aparência que faz com que demore a ser visto como ameaça ou presa, o peixe-leão se reproduz vorazmente, com as fêmeas desovando todo mês, cada uma delas capaz de colocar até dois milhões de ovos em um único ano – além de Fernando de Noronha, o animal já foi visto na costa do Pará e do Rio de Janeiro, mas em quantidades menores. As espécies mais comuns do peixe são a Pterois miles e a Pterois volitans, e ainda são aguardados resultados de análise para determinar quais estão se em Noronha, mas curiosamente há quem diga que a origem da praga em todo se deu a partir de aquários, por pessoas que adquiriram o peixe por sua aparência, mas que o jogaram no mar após a postura predatória se impor, e o animal devorar os outros peixes do aquário.

A dimensão dos peixes capturados no arquipélago brasileiro

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Por enquanto, ainda não é possível medir a dimensão do problema em águas brasileiras, especialmente em Noronha, e especialistas vem trabalhando pelo monitoramento e a defesa das espécies locais, mas lembram que é praticamente impossível impedir o estabelecimento da espécie, especialmente em um local de água quente e com uma fauna marinha tão rica. Além do monitoramento constante, outro elemento que pode fazer diferença para o controle é o fato do peixe-leão oferecer, segundo especialistas, uma carne saborosa – e valiosa, vendida por até 50 dólares o quilo do filé para alguns restaurantes no Caribe, após um cuidadoso processo de limpeza.

A aparência do peixe faz com que ele demore pra ser percebido como ameaça ou como presa

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