Bolsonaro interrompe férias após problema intestinal e é internado em SP sem previsão de alta
SÃO PAULO, SP, E BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Jair Bolsonaro (PL) interrompeu seus dias de férias no litoral de Santa Catarina em razão de um "desconforto abdominal" e viajou para São Paulo na madrugada desta segunda-feira (3) para fazer exames.
O hospital Vila Nova Star, onde ele foi internado, informou nesta manhã que Bolsonaro tem quadro "estável", mas que, no momento, não há previsão de alta.
A nota diz que ele "deu entrada na unidade na madrugada desta segunda-feira devido a um quadro de suboclusão intestinal". O tratamento, afirma, será reavaliado pela equipe do médico-cirurgião Antônio Luiz Macedo, que operou Bolsonaro após a facada de 2018 e acompanha a saúde do presidente.
Mais cedo, Macedo confirmou ao UOL que há suspeita de uma nova obstrução intestinal em Bolsonaro.
O presidente sentiu dores abdominais em Santa Catarina, levando à antecipação do fim da folga. A expectativa era que ele continuasse no litoral catarinense até esta segunda, quando embarcou de madrugada em direção a São Paulo ao lado de familiares e da comitiva.
Em nota divulgada na manhã desta segunda, a Secom (Secretaria Especial de Comunicação Especial) da Presidência da República disse que Bolsonaro deu entrada no hospital após sentir um "desconforto abdominal".
"A Secretaria Especial de Comunicação Social informa que o presidente da República, Jair Bolsonaro, após sentir um desconforto abdominal, deu entrada no Hospital Nova Star, em São Paulo, na madrugada desta segunda-feira, para a realização de exames. A Secom informa, ainda, que o presidente passa bem e que mais detalhes serão divulgados posteriormente, após atualização do boletim médico", diz.
Macedo operou Bolsonaro após a facada na região abdominal durante a campanha eleitoral de 2018. Desde então, acompanha a situação do presidente.
O médico, que está nas Bahamas, disse ao UOL que pegaria um voo para retornar a São Paulo e acompanhar a condição do presidente.
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Segundo Macedo, o presidente está sob tutela de sua equipe e, como o quadro ainda é investigado, não se sabe se uma cirurgia será necessária.
A suspeita, por enquanto, é de uma nova obstrução intestinal tecnicamente chamada de "suboclusão intestinal", diz Macedo. "Ele fará tomografia e mais exames para sabermos o que há no abdômen. Ainda não sabemos, mas pode ser causado, por exemplo, por um alimento mal mastigado, entre outros fatores", afirmou.
Em julho do ano passado, Bolsonaro ficou internado durante cinco dias no Hospital Vila Nova Star, com quadro de obstrução intestinal.
Na ocasião, pouco antes da alta, o médico que o acompanha recomendou alimentos não fermentados, para evitar gases. Andar de motocicleta também não ganhou aval do médico. "Sem condição", afirmou. A recomendação era para que ele evitasse as motociatas até se recuperar plenamente.
Nos últimos dias, as cenas dos momentos de folga de Bolsonaro no litoral catarinense, enquanto a Bahia enfrentava uma crise gerada pelas fortes chuvas, provocaram constrangimento em aliados e membros do governo federal.
Parlamentares da oposição ainda intensificaram as críticas e cobraram que o mandatário que suspendesse os dias de praia para liderar a ajuda diante da tragédia na Bahia.
Bolsonaro viajou a São Francisco do Sul (SC) na segunda-feira (27) para passar o Réveillon com a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e a filha mais nova, Laura. Antes do Natal, ficou no Forte dos Andradas, em Guarujá (SP), entre os dias 17 e 23.