Dia de Finados: saudades, tradição e muitas histórias nos cemitérios

Neste sábado, 2 de novembro, é celebrado o Dia dos Finados. Apesar do ar fúnebre que algumas pessoas associam a esta data, há quem prefira aproveitar o dia para homenagear os entes queridos que já faleceram.

Na capital amazonense, os preparativos para o Dia de Finados começaram com um mês de antecedência. Agentes da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp) trabalham nos dez cemitérios da cidade, com serviços de capinação, raspagem, remoção de poda e corte de grama.

A capital possui um total de dez cemitérios, sendo seis na área urbana e quatro em área rural. Segundo a prefeitura, os cemitérios localizados na área urbana da cidade devem receber mais de 600 mil visitantes.

Cemitérios estão preparados para receber familiares e visitantes (Foto: Márcio Silva)

Para a dona de casa, Nazaré Rocky, 70, os cuidados com o jazigo do esposo, não são apenas nas vésperas do Dia de Finados.

Ela e o filho vão semanalmente ao cemitério Nossa Senhora Aparecida, localizado no Tarumã, Zona Oeste, para fazer a limpeza e trocar as flores. O ato também é uma forma de amenizar a ação de ladrões, que roubam os pertences que são deixados pelos familiares nos túmulos.

“Venho com meu filho três vezes na semana, para capinar e varrer. Acho um absurdo, paguei R$ 150 para cortarem a grama, cheguei e encontrei tudo sujo (…). Com a época de chuvas, a preocupação é maior fica tudo alagado, eu e meu filho tivemos que aterrar ao redor do túmulo do meu velho”, contou.

Para a dona de casa, o gesto simples é a maneira de demonstrar o amor e carinho pelas lembrança do companheiro.

“Minha caçula tá grávida, e como ela não pode estar em lugar com sujeira, já estamos deixando tudo limpinho para sábado”.

A Dona de casa fala com saudosismo do companheiro. “Ele plantou muito bem, jamais será esquecido”.

Novos sepultamentos somente no Tarumã

O cemitério Nossa Senhora Aparecida, mais conhecido como cemitério Parque Tarumã, é mais visitado na área urbana. Fundado em 1976, localizado no bairro do Tarumã, zona Oeste, possui 64 quadras distribuídas em área de 101.933 hectares, uma das maiores do Brasil, segundo informações da Semulsp. É o único em atividade para novos sepultamentos.

(Foto: Márcio Silva)

Tradicional na cidade

Com 129 anos de fundação e o mais antigo da cidade, o cemitério São João Batista, fundado em 1890, localizado na zona Centro-Sul de Manaus, possui cerca de 25 mil sepulturas distribuídas em 24 quadras.

Cemitério São João Batista é o mais antigo da cidade, com 129 anos (Foto: Márcio Silva)

Foi tombado como Patrimônio Histórico do Estado do Amazonas pelas suas edificações históricas, a exemplo da capela gótica e pórticos, além das sepulturas de valor religioso, histórico, cultural e arquitetônico.

Atualmente, o cemitério estáocupado em sua totalidade e atendem somente sepultamentos em jazigos familiares.

Mais espaços

Outros três cemitérios estão localizados na zona Oeste de Manaus:, o Santa Helena, Santo Alberto e Nossa Senhora da Piedade.

Todos possuem espaço com capela, administração, alojamento de servidores e banheiros. O Santa Helena, que fica no bairro São Raimundo, é considerado o quarto maior cemitério em extensão. Já o Nossa Senhora da Piedade é considerado o menor cemitério em área e em quantidade de sepultamentos localizado na área urbana da cidade.

O cemitério São Francisco é o único cemitério localizado na zona Sul da capital, no bairro do Morro da liberdade. Fundado no ano de 1937, atende pequena parcela dos sepultamentos ocorridos em Manaus.

Zona Rural atendida

Na zona rural de Manaus há os cemitérios Santa Joana do Puraquequara, localizado às margens do largo Puraquequara; o cemitério Nossa Senhora da Conceição das Lajes, localizado às margens do rio Negro, e os cemitérios São José do Jatuarana e Nossa Senhora do Carmo, ambos localizados às margens do rio Amazonas.

Descaso e abandono

A Semulsp informou ainda que 1,2 mil sepulturas no cemitério do Tarumã foram abandonadas ou apresentam pendências de concessão de uso.

Essas sepulturas que não possuem nenhum tipo de manutenção ou não estão com a regularização em dias, terão os restos mortais retirados, colocados em sacos especiais identificados e encaminhados ao ossário público.

Regularização

A concessão de uma sepultura tem vigência de 5 anos e deve ser regularizada no próprio Cemitério Nossa Senhora Aparecida. Objetivo de regularizar as concessões é diminuir o número de sepulturas em estado de total abandono.

PROGRAMAÇÃO DAS MISSAS NO DIA DE FINADOS

CEMITÉRIO SÃO JOÃO BATISTA:

Manhã

7 h – Seminário São José

8 h – Paróquia São José Operário

9 h – Paróquia São Sebastião

10 h – Paróquia Nossa Sra. Aparecida

Tarde

18 h – Campal – Paróquia Nossa Senhora de Nazaré – Arcebispo de Manaus Dom Sérgio Castriani.

CEMITÉRIO SANTA HELENA:

Missas (Pe. Ricardo Pontes de Oliveira)

Manhã

7 h – 1ª Missa

8 h – Louvor/Oração

9 h – 2ª Missa

10 h – Louvor/Oração

11 h – 3ª Missa

Tarde

12 h – Louvor/Oração

15 h – 4ª Missa

16 h – Louvor/Oração

18 h – 5ª Missa

CEMITÉRIO SÃO FRANCISCO:

Manhã

7h – Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro – Educandos – Pe. José Amarildo Luciano;

9h – Paróquia Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos – Betânia – Pe. Thiago José Barbosa de Oliveira Santos;

11h – Paróquia São Francisco das Chagas – Colônia O. Machado – Pe. Geraldo Ferreira Bendaham

Tarde

16h – Paróquia de Santa Luzia – Santa Luzia – Pe. Cláudio Cobalchini

18h – Paróquia de São Lázaro – Pe. Agildo Alves.

CEMITÉRIO NOSSA SENHORA APARECIDA:

Manhã

8h – Paróquia Nossa Senhora das Dores ( Padre Eudo Castro do Nascimento)

10h – Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora( Padre Sebastiao Maia)

11h30 – RCC (Ministério da Pregação)

Tarde

14h – Terço dos Homens ( Paróquia Santo Afonso)

16h – Paróquia Santo Afonso

CEMITÉRIO NOSSA SENHORA DA PIEDADE:

8 h – (Paróquia Santo Antônio – Pe. Rubson Vilhena).

CEMITÉRIO SANTO ALBERTO:

Missas (Pe. João)

Manhã

8h – Paróquia Nossa Senhora das Graças;

10h – Louvor/Oração.

Tarde

14h – Louvor/Oração;

16h – Paróquia Nossa Senhora das Graças.