Quem é o brasileiro acusado de tentar atirar contra Cristina Kirchner
O brasileiro Fernando Andrés Sabag Montiel, de 35 anos, foi preso na noite desta quinta-feira, 1, após ter apontado uma arma e supostamente tentado atirar contra a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner.
Segundo autoridades locais, Montiel nasceu no Brasil e tem família em São Paulo, mas mora há anos na Argentina. De acordo com registros comerciais consultados pelo jornal argentino Clarín, Montiel está inscrito como dedicado ao “serviço de transporte automotor urbano”, categoria que corresponde a motoristas de aplicativo.
Logo após a tentativa de ataque, o ministro da Segurança, Aníbal Fernández, afirmou que o brasileiro já havia sido detido no ano passado portando uma faca no bairro de La Paternal, onde mora.
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Na ocasião, em 17 de março do ano passado, ele foi aborado pela polícia por estar estacionado em um carro sem a placa traseira. Ele disse aos agentes que era o proprietário do veículo, mas que a placa caiu durante uma batida no trânsito poucos dias antes.
Quando ele abriu a porta do motorista, caiu uma faca com cerca de 35 centímetros, que ele disse levar para se defender. Ele foi liberado pela polícia pouco depois.
Na noite desta quinta-feira, Montiel teria tentado disparar uma pistola contra a vice-presidente, mas a arma teria falhado.
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Em imagens veiculadas pela mídia local é possível ver a ex-presidente deixando o carro ao chegar em casa, no bairro da Recoleta, e logo abaixando a cabeça quando alguém com que parece ser uma pistola se aproxima dela. Em seguida, agentes encurralam o homem.
UN HOMBRE APUNTÓ Y GATILLÓ EN LA CARA A CRISTINA KIRCHNER
???? Más información en: https://t.co/Nd2FpwMfoW pic.twitter.com/GDnAkKdSiw
— Clarín (@clarincom) September 2, 2022
À C5N, o ministro da Segurança indicou que a arma está em posse da polícia.
“Agora a situação tem que ser analisada por nossa equipe de investigação para avaliar os traços e a capacidade e disposição que essa pessoa tinha”, disse.
Há dias a residência de Cristina Kirchner se tornou um ponto de manifestações a favor e contra a vice-presidente, depois que o procurador Diego Luciani pediu a prisão da política durante o julgamento iniciado em 2019, e que agora entrou em sua fase final. Luciani afirmou se tratar do “maior esquema de corrupção já conhecido no país” e solicitou uma pena de 12 anos de prisão para Kirchner.
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