Criptomoedas perdem US$ 600 bilhões em uma semana: o que está...

O ritmo de perdas dos tokens digitais é tão rápido que testa a durabilidade do boom das criptomoedas.

O valor de mais de 7.000 tokens rastreados pela CoinGecko encolheu mais de US$ 600 bilhões na última semana, para US $ 1,9 trilhão. O Bitcoin, a maior criptomoeda, chegou a cair 11% na quarta-feira, para menos de US$ 40.000, e agora está cerca de US$ 25.000 abaixo do recorde em abril.

Vários fatores estão em jogo, desde críticas do ex-defensor Elon Musk sobre o impacto ambiental devido ao uso de energia do Bitcoin ao risco de um aperto regulatório em um mercado que alguns chamam de Velho Oeste dos investimentos. Os tokens digitais também geraram ganhos tão altos que alguns operadores podem estar realizando lucros.

A marca de US$ 40.000 é um “nível crítico de sucesso ou fracasso” para o Bitcoin, e uma queda para pouco abaixo de US$ 30.000 não está descartada, segundo relatório de Jeffrey Halley, analista de mercado sênior da Oanda.

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No início de abril, o valor das criptomoedas ultrapassou US$ 2 trilhões pela primeira vez, dobrando em cerca de dois meses com o otimismo de que investidores institucionais estavam cada vez mais interessados nesse mercado. A onda vendedora atual eliminou mais de US$ 600 bilhões.

O Bitcoin testou sua média móvel de 200 dias, e seu desconto em relação à média de 120 dias é o maior desde o ano passado, de acordo com Mike McGlone, estrategista de commodities da Bloomberg Intelligence, em Nova York. Ele vê o preço do Bitcoin se estabilizando em torno da média de 2021, de aproximadamente US$ 49.000.

Nos mercados futuros do Bitcoin, técnicos veem uma tendência baixista no chamado padrão cabeça e ombros, o que pode indicar mais perdas à frente.

A relação preço do Bitcoin/ouro caiu para o menor nível desde o início de fevereiro, em meio à maior cautela com ativos especulativos, bem como com a recuperação econômica pós-pandemia. Os defensores do Bitcoin argumentam que a moeda digital é uma reserva de valor dos dias modernos, uma afirmação desmentida pela volatilidade do token.

Depois que o Bitcoin recuou da máxima em meados de abril, um rali contínuo do Ether – a segunda maior criptomoeda – chamou a atenção. Mas o movimento também perdeu força. Chris Weston, chefe de pesquisa da Pepperstone Group, em Melbourne, escreveu em relatório na segunda-feira que estava fechando uma posição vendida em Bitcoin e comprada em Ether porque “a poeira realmente precisa baixar”.

O Grayscale Bitcoin Trust, o maior fundo de Bitcoin, está perto de um desconto recorde em relação ao valor líquido dos ativos. Essa diferença pode desaparecer caso se converta conforme planejado em um fundo de índice. No entanto, os riscos de um desconto mais amplo incluem a incerteza sobre se autoridades dos EUA permitirão ETFs de Bitcoin.