Mais de 1,2 milhão de brasileiros baixaram o aplicativo Celular ...
Em um mês de funcionamento do aplicativo "Celular Seguro" foram registrados mais de 12 mil alertas de bloqueio
Em um mês de funcionamento, mais de 1,2 milhão de brasileiros baixaram o aplicativo que bloqueia celular roubado.
Como virou ferramenta para quase tudo, muita gente carrega o celular na mão. A gerente comercial Aline Lima nem tem escolha. Enquanto espera o ônibus, entra em uma reunião de trabalho.
"Eu fico sempre alerta, é o que eu tento fazer. Os apps são todos com senha, às vezes mais de uma. A gente vai colocando as validações como dá, né?", diz ela.
Para se cadastrar, é preciso baixar o aplicativo ou entrar site, e usar a mesma senha do gov.br. Informar os dados pessoais, o número do telefone e a operadora. Também dá para registrar o aparelho e incluir um contato de confiança: uma pessoa que também poderá pedir o bloqueio caso necessário.
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O estudante universitário Carlos Alberto Durães se cadastrou e avisou amigos e parentes:
"Já falei com o filho: 'Filhão, tem esse serviço agora. Se quiser se cadastrar, tem esse serviço aqui. Se quiser me colocar como seu pessoa de confiança, ou a sua mãe, qualquer pessoa está valendo".
A ideia é conseguir, com um botão só, evitar que o dono do telefone tenha ainda mais prejuízo depois do roubo. Hoje, quando o usuário dá o alerta, por computador ou celular, o aplicativo avisa os bancos cadastrados. A maioria diz que bloqueia o acesso em até 10 minutos.
A Anatel também é avisada e informa as operadoras de telefone para bloquear o imei, o número de registro do aparelho e assim ele para de funcionar. Segundo o Ministério da Justiça, até o início de fevereiro, as operadoras de telefonia vão também poder bloquear as linhas.
"Muitas vezes, a própria recuperação de senha dos apps vem por um SMS ou vem pela própria linha. Então, é importante também que seja feito esse bloqueio da linha", explica Ney Rêgo Barros Junior, subsecretário de tecnologia do Ministério da Justiça.
O Ministério da Justiça estuda fazer parcerias com aplicativos de transporte e de compras, e dá um conselho para quem se cadastrar: não existe bloqueio temporário.
"Se alguém resolver testar, ele vai ver que vai funcionar e ele vai ter que ir às instituições bancárias, às operadoras de telefonia, para fazer os desbloqueios e fazer a regularização da situação. Porque se a pessoa está fazendo uma comunicação, a gente está entendendo que aconteceu alguma coisa. Então é: não testa, porque funciona", afirma o subsecretário.