OPINIÃO: Viva o Boca, onde torcida vale mais que marketing e TV ...
O time atual está longe de ser bom. Passou nas oitavas e quartas de final da CONMEBOL Libertadores apenas nos pênaltis. Contra o Palmeiras, vai ter que jogar o que não joga há muito tempo para ter alguma chance.
Pelo futebol, a presença do Boca Juniors nas semifinais da Libertadores não empolga. Mas existe um motivo muito mais importante para celebrar o maior time da América do Sul nas semifinais da competição continental.
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Na empobrecida e caótica Argentina, o Boca, assim como a maioria dos times do país, sobrevive e ainda é competitivo não por milionárias cotas de TV e patrocínio, com as quais os clubes brasileiros se esbaldam para dominar o futebol sul-americano.
Isso fica evidente no orçamento do Boca para a temporada 2023/24 (como é feito na Argentina a previsão de arrecadação e gastos).
Nem vale muito falar de valores, já que a inflação que supera os 100% na Argentina torna qualquer conta impossível de ser feita.
O importante é perceber como a torcida é a principal fonte de receitas do clube, sem contar a venda de atletas.
A principal receita do Boca vem do pagamento das mensalidades de seus sócios, dos torcedores que têm lugares cativos na Bombonera e da arrecadação das cadeiras restantes nos jogos do clube.
Esses três itens, somados, respondem por 55% da previsão de faturamento.
As cotas de TV representam apenas 13% das receitas do Boca. As verbas obtidas com patrocínios e marketing pesam mais: 25%. Vamos agora para o Brasil, nos três clubes que mais arrecadam no país, também tirando do faturamento total o dinheiro da venda de jogadores.
Contando sócios torcedores e do próprio clube e rendas dos jogos, o torcedor diretamente representa 29% das receitas do Palmeiras, 27% do Flamengo e 20% do Corinthians.
No Corinthians, 66% do dinheiro sai de cotas de TV e patrocínios. No Flamengo, 60%. No Palmeiras, 56%.
Viva o Boca e sua torcida, que banca o clube.