Benfica entra na segunda volta a golear
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Não há Di Maria. Não há problema. Já se tinha percebido no jogo da Taça de Portugal que o Benfica não é assim tão dependente do craque argentino e isso voltou a ser uma evidência nesta sexta-feira na Luz, em que os “encarnados” triunfaram com grande à-vontade sobre o Famalicão por 4-0 no jogo que abriu oficialmente a segunda metade do campeonato. Não houve Di María a marcar ou a assistir (lesionado em Faro), mas houve Leandro Barreiro a marcar por três vezes e Schjelderup a reforçar o seu estatuto dentro da equipa.
Esta vitória deixa a “águia” em igualdade pontual com o líder Sporting (ambos têm 41 pontos), sendo que os “leões” irão defrontar o Rio Ave neste sábado. Continua o bom momento para a equipa de Bruno Lage que, desde que perdeu com o Sp. Braga para o campeonato, já conquistou a Taça da Liga e seguiu em frente na Taça de Portugal. Já a formação minhota, estendeu a sua série de jogos sem ganhar para nove – e Hugo Oliveira, que substituiu Armando Evangelista a meio de Dezembro passado, ainda não sabe o que é vencer como técnico do Famalicão.
No início do campeonato, tinha sido este mesmo Famalicão a causar uma falsa partida ao Benfica e a começar a abrir a porta de saída a Roger Schmidt – triunfo por 2-0. Mas esse Famalicão não apareceu na Luz. E o Benfica, claro, foi bem diferente, para melhor.
Se houve jogo de sentido único no campeonato, este foi um deles. Só deu Benfica, que até ficou a dever a si próprio uma goleada mais robusta. O que não quer dizer que não tenha tido um goleador. Leandro Barreiro, até agora a zeros, marcou nada menos do que três golos, dando uma lição de finalização a todos os outros avançados que andaram por ali.
Não há mesmo muito a dizer sobre este jogo. O Benfica entrou forte, continuou forte e fez bem a gestão do seu esforço, o Famalicão não apareceu. Logo aos 9’, Schjelderup criou um primeiro momento de perigo com um duplo remate, primeiro a acertar nas costas de Leandro Barreiro, depois na cara do guarda-redes montenegrino Carevic.
Pouco depois, o golo. Otamendi viu bem a desmarcação de Pavlidis, o grego ganhou a linha de fundo, cruzou, Barreiro antecipou-se e fez o primeiro do Benfica. Não houve resposta dos minhotos, antes mais domínio “encarnado”, que ganhou forma com o 2-0 aos 36’, um grande passe de Schjelderup para uma excelente concretização de Barreiro.
Enquanto o médio luxemburguês ia brilhando, os outros avançados do Benfica iam falhando e, mesmo quando marcavam, não contava, como aconteceu aos 66’ a Pavlidis – desmarcou-se, acertou na trave e, na recarga, acertou na baliza, só que o lance foi anulado por fora-de-jogo do grego.
Quem não falhou foi o inspiradíssimo Barreiro, que chegou ao "hat-trick" no jogo aos 67’, oportuno a desviar para a baliza um cruzamento de Schjelderup. Três golos para o médio luxemburguês, que vai provando a sua utilidade, mas mais uma assistência para o jovem extremo norueguês, finalmente a ter uma oportunidade para mostrar o seu valor, ele que foi contratado em 2022.
Para que este triunfo pudesse ser legitimamente considerado como uma goleada, Kokçu fez o 4-0 aos 81’, com um remate bem colocado, mas a “estrela” da jogada foi o jovem João Rêgo, que construiu a jogada, deixando depois para Arturkoglou assistir com o calcanhar para o seu compatriota.