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Ex-BBB Gil dá guia para ir do basculho ao vigor nas finanças. Anote já dívidas e metas

ExBBB Gil dá guia para ir do basculho ao vigor nas finanças Anote já dívidas e metas
O ano passado foi de virada na vida de Gilberto Nogueira, que ficou conhecido como Gil do Vigor no Big Brother Brasil 21. Após cativar os brasileiros no...

O ano passado foi de virada na vida de Gilberto Nogueira, que ficou conhecido como Gil do Vigor no Big Brother Brasil 21. Após cativar os brasileiros no reality show, o pernambucano virou um queridinho da publicidade e garantiu nunca mais olhar pra sua conta bancária e ter motivos para soltar um dos seus bordões conhecidos: “Que morte horrorosa!”. A economia do país, no entanto, não andou no mesmo ritmo. Na última semana do ano, o Boletim Focus do Banco Central reduziu a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2021, de 4,58% para 4,51%, e apesar da taxa de desemprego no Brasil ter caído para 12,1% em outubro deste ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são ainda 12,9 milhões de brasileiros nessa situação, índice superior ao patamar de antes do início da pandemia de coronavírus. De férias no Brasil, do pós-doutorado em Economia que cursa na Universidade da Califórnia, em Davis, EUA, Gil falou ao EXTRA sobre o cenário econômico nacional e deu dicas, na sua linguagem que fez sucesso, para os brasileiros ficarem no azul em 2022, ano que deve ser de desafios, com a Selic, taxa básica de juros, prevista para 11,50% e a inflação estimada acima de 5% ao fim de dezembro.

Que avaliação você faz da economia nacional em 2021?

Gil: Quando a gente fala de dados econômicos, compara sempre um ano com o outro. É interessante falar que na análise de 2021 pode até parecer que a economia voltou a se ‘regojijar’, com esse crescimento do PIB. Só que isso é em relação a 2020, um ano pandêmico e de crise. Então, amiga, é como se eu tivesse te colocado no chão e esfregado sua cara no asfalto. Depois disso, qualquer coisa vai ser positiva, entendeu? É uma visão (sobre a economia) não tão correta. Mas, no geral, diria que nós estamos de fato tentando sair (da crise).

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E o que te deixou ‘indignado’ com a economia no Brasil?

Gil: Eu diria que as políticas atuais do governo federal têm cada vez mais colocado o Brasil numa situação não favorável perante as grandes potências do mundo. Algo muito negativo que eu vi foram bolsas (de estudo e pesquisa) sendo cortadas, investimentos que foram retirados da Educação, sendo que esse é o ponto principal, na minha visão, para que o Brasil consiga gerar inovação. Sem inovação, nosso país não vai pra frente. Então eu diria que algumas políticas contra a Educação que foram tomadas são pra lascar um, viu.

Vamos falar de finanças pessoais agora. Como alguém pode descobrir se ‘tá lascado’ neste começo de ano?

Gil: Tem que analisar as dívidas. Sentar, anotar em um papel todas as dívidas e tentar fazer uma retrospectiva dos gastos do ano e verificar em que momento teve consumo por ansiedade, que precisa cortar no próximo ano. Parece besteira, mas quando você anota, as coisas de fato mudam. Então, colocar no papel, além das dívidas, obrigações e metas para 2022, tudo isso junto num combo, faz a pessoa iniciar o ano pelo menos ciente da sua condição financeira. Isso resolve 90% dos problemas.

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E se há dívidas, o que fazer para limpar o nome e ‘vigorar’?

Gil: O primeiro passo é entrar em contato com a financeira ou com o órgão que está com sua dívida e fazer uma negociação, para que os juros parem de correr. Não adianta só ficar olhando, olhando pra dívida e ela lá, subindo. Bora agir, que não se dorme na Europa. Bora agir de fato, entrar em contato com o órgão, falar da sua situação real: ‘olha, minha situação é essa, só consigo pagar tanto por mês, tenho que financiar em 200 vezes’. O importante é parar essa bola de neve, juros em cima de juros, que faz você não conseguir mais arcar com aquilo. Depois disso, você respira e vai pagando os acordos que fez.

Para uma relação mais saudável com o dinheiro, como equilibrar gastos entre as ‘cachorradas’ a curto prazo e dançar o ‘tchaki tchaki’ a longo prazo?

Gil: Eu sei que quero tomar uma com meus amigos e fazer um churrasco, e carne de primeira está muito cara. Mas dá pra fazer um bem bolado: compra uma carne mais barata, junta os amigos e cada um dá um prato. Então, assim, dá pra separar um valor para o lazer, que é parte do bem-estar. Só trabalhar não leva ninguém pro progresso, pra satisfação. Mas de que forma consegue fazer isso? Procurando alternativas mais em conta. Tudo isso sai do planejamento. Por isso, é preciso ter três planejamentos. O primeiro é o planejamento anual, e é bom colocar muito claro no papel o que quer no próximo ano: ‘preciso ter tanto na conta, quero juntar tanto, quero fazer uma viagem’. A gente faz agora, em dezembro, de uma maneira mais superficial, com planos mês a mês. Quando inicia um mês, precisa ter um planejamento dele, mais detalhado, com os compromissos. E dentro disso, fazer planejamento semanal. Aí você consegue acompanhar a evolução dos planejamentos mensais e anual, pra que assim perceba ‘acabei saindo um pouquinho do planejado’ e volte. Não esperar chegar em dezembro e falar: ‘Caramba, planejei tanto e não consegui’. Mas ir fazendo ‘updates’ necessários e atingir de fato a meta de longo prazo.

Muita gente está desempregada. E muito empregado, passando aperto. Como obter um ‘regojijo’ extra no bolso então?

Gil: Acho que é o momento de avaliar nossas habilidades, o que a gente sabe e até o que não sabe, pra que consiga fazer algo inovador e consiga tirar um dinheirinho extra. Quem tem habilidade pra fazer doce vai fazer doce e vender. Quem não tem faz rifa. Sair da bolha.

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E em 2022, o que seria a ‘vitória do servo’ no tópico financeiro?

Gil: No momento de crise que a gente tá vivendo, a vitória do servo é conseguir terminar o ano sem dívida.

Para fechar, Gil, o que você espera da economia do ‘Brasiiiiiil’ em 2022? E o que deseja?

Gil: Os economistas não têm uma previsão tão boa, pois vem aí uma guerra eleitoral. Nessa época, no Brasil, é muita polarização, e polarização dificulta o cenário econômico e consequentemente afeta os investimentos. Eu imagino os investimentos iguais segredos. Eu preciso saber que uma pessoa é de confiança para investir meu segredo nela. Se eu achar que aquela pessoa vai pegar o meu segredo e espalhar pra todo mundo e me prejudicar, eu não vou fazer aquilo. Então o investimento, para vir pro Brasil, depende dessa confiança. E a gente está num cenário econômico hoje em dia tão instável que os investidores ficam com pé atrás de colocarem seus investimentos no país. E sem esses investimentos, automaticamente, tudo desanda. A gente tem uma balança comercial que é afetada, o PIB, desemprego, inflação. Mas em nome de Jesus, a fofoqueira que tem aqui vai calar a boca e o país vai conseguir uma imagem muito positiva lá fora, para que os investimentos entrem e a gente consiga gerar emprego, renda, e colocar a balança comercial pra funcionar. O que eu desejo é isso: que as pessoas consigam ter consciência do que vão fazer politicamente, a gente consiga deixar o cenário o mais estável possível pra aumentar a confiança dos investidores estrangeiros no país. E também investir em Educação, aumentar nossa inovação interna, para que de fato a gente consiga ser um país que vai crescer, melhorar, que vai ajudar as pessoas a saírem da pobreza e da fome.

Gil é graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Pernambuco, na qual também fez Mestrado e Doutorado.

Nunca mais 'póbi'. Em outubro, Gil já tinha faturado R$ 15 milhões em contratos com mais de 20 marcas. O economista abriu o saldo em entrevista à revista "Forbes", seis meses após o fim do BBB.

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