Grupo de mercenários Wagner, que apoia a Rússia, diz ter tomado ...
Um morador local empurra sua bicicleta passando por armadilhas e escombros, em uma rua em Bakhmut, região de Donetsk, em 6 de janeiro de 2023 — Foto: Dimitar DILKOFF / AFP
O chefe do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, disse neste sábado (20) ter tomado por completo a cidade ucraniana de Bakhmut, cenário da batalha mais longa e sangrenta da ofensiva da Rússia.
Kiev, por sua vez, garantiu que continua combatendo no local, mas reconheceu que a situação é "crítica".
Se confirmada, a captura de Bakhmut representaria uma vitória para Moscou após vários contratempos. Também se daria antes de uma contraofensiva que a Ucrânia afirma estar preparando há meses.
"Em 20 de maio de 2023, hoje, ao meio-dia, Bakhmut foi tomada em sua totalidade", anunciou Prigozhin em um vídeo divulgado no aplicativo de mensagens Telegram.
No vídeo, ele aparece diante de dois homens armados que balançam uma bandeira russa, cercados por edifícios em ruínas.
"A operação para tomar Bakhmut durou 224 dias [...] Aqui só estava o [Grupo] Wagner" e nenhuma das tropas oficiais do exército russo, acrescentou Prigozhin, que está em conflito aberto com alto comando militar russo há meses.
"A situação é crítica. Ao mesmo tempo [...], nossas defesas controlam algumas instalações industriais e infraestruturas da área, assim como o setor privado", indicou Hanna Maliar, vice-ministra da Defesa da Ucrânia, também no Telegram.
O conselheiro da Presidência ucraniana, Mykhailo Podoliak, afirmou pela TV que "Bakhmut será libertada, assim como todos os demais territórios da Ucrânia".
Segundo Prigozhin, o Grupo Wagner vai retirar seus membros da cidade a partir de 25 de maio e deixará a defesa do município a cargo do exército russo, permanecendo à sua disposição de Moscou para futuras operações.