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Arcabouço fiscal só será votado em julho na Câmara Congresso ...

Arcabouço fiscal só será votado em julho na Câmara Congresso
Presidente da Câmara afirmou que arcabouço fiscal só será votado na Casa depois do dia 3 de julho, após o fim das festas juninas

O projeto do arcabouço fiscal, aprovado na noite dessa quarta-feira (21) no plenário do Senado Federal, só voltará a ser analisado pela Câmara dos Deputados em julho. A data, contudo, ainda não foi confirmada pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

Ao longo das últimas semanas, o relator do projeto no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), conversou com Lira em busca de um acordo para que o texto a ser enviado pelos senadores fosse mantido pelos deputados.

Ontem, pouco antes de o Senado apreciar o arcabouço, Lira afirmou que o texto só será votado depois do dia 3 de julho, uma vez que a Casa está com a pauta trancada para votar o Projeto de Lei 2384/2023, que trata do desempate em votações do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Na Câmara, os deputados entenderam o recado como uma espécie de liberação na próxima semana, a última das tradicionais festas juninas, especialmente na região Nordeste do país.

O texto aprovado no Senado precisa voltar para a Câmara antes de ser encaminhado para sanção presidencial, uma vez que sofreu alterações por parte dos senadores. Omar Aziz retirou do parecer o cálculo do chamado Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), que emperra o aumento dos recursos transferidos pela União para o Distrito Federal. A trava poderia resultar em perdas de R$ 87 bilhões em receita ao longo dos próximos dez anos caso o texto aprovado pela Câmara vire lei. Já cálculos feitos pela Consultoria de Orçamento da Câmara apontam um déficit de R$ 17 bilhões pelo mesmo período.

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Além do Fundo Constitucional, Omar Aziz retirou do texto as travas para investimento na educação, por meio do Fundeb. Um dos principais articuladores junto ao relator, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) teceu elogios ao relatório e à defesa feita pelo relator na manutenção do Fundo Constitucional. Omar Aziz, contudo, manteve em seu parecer as travas para o pagamento do novo piso da enfermagem.

Veja a íntegra do relatório arcabouço

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O relator alegou que manteve o piso da enfermagem dentro dos limites do arcabouço fiscal por entender “que as mudanças nas exceções aos limites de gastos precisam ser limitadas a circunstâncias absolutamente excepcionais, que estão justificadas na seção”. Havia uma emenda, da senadora Professora Dorinha (União-TO) para a retirada do piso da enfermagem do teto de gastos, mas a emenda não foi acatada pelo relator. Durante a comissão, o senador Messias de Jesus (Republicanos-RR), fez um apelo para que o piso da enfermagem fosse retirado da trava.  As mudanças, contudo, não foram acatadas pelo relator nem na comissão, nem em plenário.

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