Feridas são principal sintoma da varíola de macaco. Saiba identificar
Desde o início de maio, as autoridades de saúde monitoram um crescimento no número de casos de varíola de macaco – uma infecção viral que é endêmica em algumas regiões da África, mas não costumava ser registrada em outras partes do mundo.
Nesta terça-feira (24/5), a Organização Mundial de Saúde informou que 131 casos já foram confirmados fora do continente africano. Há, ainda, outros 106 em investigação. O Brasil ainda não registra pacientes com a doença. Na Argentina, um primeiro paciente com sintomas foi identificado no domingo (22/5).
Os sintomas da varíola de macaco incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, calafrios e exaustão. As feridas semelhantes às da catapora são o sinal mais característico da infecção viral.
As pústulas, geralmente, começam a aparecer no rosto e se espalham para outras partes do corpo, que podem incluir os órgãos genitais.
Recentemente, diversos países têm registrado casos de pacientes diagnosticados com varíola de macaco, doença rara causada pelo vírus da varíola símia. Segundo a OMS, a condição não é considerada grave: a taxa de mortalidade é de 1 caso a cada 100. Porém, é a primeira vez que se tornou identificada em grande escala fora do continente africano
A doença foi diagnosticada pela primeira vez nos seres humanos em 1970. De acordo com o perfil dos pacientes infectados atualmente, maioria homossexual ou homens que fazem sexo com homens (HSH), especialistas desconfiam de uma possível contaminação por via sexual, além de pelo contato com lesões em pessoas doentes ou gotículas liberadas durante a respiraçãoLucas Ninno/ Getty Images
Segundo o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), "qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola de macacos por contato com fluidos corporais ou itens compartilhados (como roupas e roupas de cama) contaminados"Roos Koole/ Getty Images
Inicialmente, a varíola de macacos é transmitida por contato com macacos infectados ou roedores, e é mais comum em países africanos. Antes do surto atual, somente quatro países fora do continente tinham identificado casos na históriaseng chye teo/ Getty Images
Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caemWong Yu Liang / EyeEm/ Getty Images
O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 diasMelina Mara/The Washington Post via Getty Images
Por ser uma doença muito parecida com a varíola, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação. Em casos severos, o tratamento inclui antivirais e o uso de plasma sanguíneo de indivíduos imunizadosNatalia Gdovskaia/ Getty Images
Apesar de relativamente rara e transmissível, os especialistas europeus afirmam que o risco de um grande surto é baixoROGER HARRIS/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images
Na Europa, os casos já ultrapassam 50. Os países com maior número de diagnósticos são Portugal (20), Espanha (23) e Reino Unido (7), de acordo com a agência de notícias AFP. Os EUA também confirmaram um paciente com a doençammpile/ Getty Images
Durante o período da infecção, as feridas passam por diferentes estágios, como mostram imagens divulgadas pela agência britânica, UK Health Security Agency (UKHSA). Veja abaixo.
Evolução das feridas“Ela pode parecer catapora ou sífilis, antes de finalmente formar uma crosta, que depois cai”, explica a UKHSA.
As feridas aparecem depois da fase inicial da infecção. No primeiro estágio, elas são manchas avermelhadas com cerca de um centímetro de diâmetro, que logo ficam inchadas e com pus.
Nas 24 horas seguintes ao aparecimento, as bolinhas se espalham para o restante do corpo, ficando mais concentradas no rosto, braços e pernas.
No terceiro dia, as lesões ficam inchadas. Entre o quarto a quinto dia, elas se transformam em bolhas cheias de pus.
Depois, as lesões ficam ainda mais protuberantes e firmes ao toque. Elas podem permanecer assim por um período entre cinco a sete dias até começarem a apresentar crostas ao redor, que tendem a cair depois de uma semana.
De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, os pacientes deixam se ser contagiosos após as bolhas caírem.
Os pacientes costumam relatar muita dor nos locais das bolhas e sentem uma coceira forte quando elas começam a criar crostas.
Varíola de macacoSintomas
O período de incubação do vírus que provoca a varíola de macaco varia de sete a 21 dias. Os sintomas costumam aparecer entre dez ou 14 dias após a infecção. Os primeiros sinais são febre, mal estar e dor e, cerca de três dias depois, os pacientes passam a apresentar bolhas. A doença termina no período entre três e quatro semanas.
Como se pega
A transmissão do vírus que causa a varíola de macaco entre humanos ocorre, principalmente, por meio do contato com secreções respiratórias, lesões de pele das pessoas infectadas ou objetos que tenham sido usados pelos pacientes.
No surto dos países europeus, tem se verificado uma prevalência de casos entre homens que fazem sexo com homens. No entanto, até aqui, não há evidências de que a transmissão entre eles tenha sido por via sexual.
Autoridades de saúde alertam que os que apresentam mudanças incomuns na pele devem procurar atendimento médico.
Tratamento
Normalmente não é necessário realizar tratamento específico, pois os sintomas desaparecerem em algumas semanas. O médico, no entanto, pode indicar o uso de medicamentos que aliviam os sintomas mais rapidamente.
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