Russell Brand acusado de violação e abusos sexuais por quatro ...
Russell Brand foi acusado por quatro mulheres de violação e abusos sexuais, numa investigação levada a cabo pelos jornais britânicos “The Sunday Times”, “The Times” e pelo Channel 4.
Uma das mulheres, identificada como Nadia, diz ter sido violada por Brand em casa deste, em Los Angeles, em 2012. À altura, Nadia procurou assistência médica junto de uma rede de apoio a vítimas de violação, e as autoridades terão ficado com a sua roupa interior como prova. Porém, decidiu não apresentar uma queixa formal, com receio de que o seu nome “fosse arrastado pela lama”.
Também forneceu às autoridades as mensagens que trocou com Brand, podendo ler-se numa delas “quando uma rapariga diz não, é não”, perante a resposta do comediante: “peço imensa desculpa, vou compensar-te”.
Outra das mulheres citadas pela investigação, Alice, diz ter iniciado uma relação amorosa com Brand quando tinha apenas 16 anos e o comediante 30. Alice afirma que Brand mostrou comportamentos “abusivos”, obrigando-a a ler “Lolita”, de Vladimir Nabokov, referindo-se a si como “uma criança” e dizendo-lhe o que ela deveria dizer aos pais.
Durante esse período, Alice diz ter sido vítima de abusos sexuais, escapando após ter esmurrado Brand. Ao “The Times”, a mulher contou que os agentes do comediante sabiam da sua relação, e convenceram-no a não a tornar pública. Uma outra mulher, Phoebe, afirma ter sido abusada por Brand em Los Angeles, em 2013.
Para além dos depoimentos destas mulheres, uma ex-namorada do humorista, Jordan Martin, afirmou no livro “kNot: Entanglement With a Celebrity” ter sido vítima de abusos perpetrados por Brand. Jordan não quis ser entrevistada, mas afirmou ao “The Times” que mantém a acusação que faz no livro.
Dois antigos assistentes de Russell Brand contaram ao “The Times” ter testemunhado vários casos de comportamentos impróprios por parte do comediante, como andar nu da cintura para baixo ou mostrar fotos íntimas de mulheres aos seus amigos.
Enquanto trabalhou na BBC, Brand era também conhecido por fazer várias piadas de cariz sexual sobre colegas suas, levando algumas comediantes femininas a criar um grupo online onde alertavam para os seus comportamentos.
Brand, que nos últimos tempos tem sido sobretudo notícia pelas suas declarações antivacinas, negando igualmente a existência da covid-19, afirmou em vídeo que estas acusações fazem parte de uma cabala: “São de quando eu trabalhava no mainstream. Era promíscuo, mas as relações que tive foram sempre consensuais”, disse.
“Ver a transparência que possuo ser transformada em algo do foro criminal faz-me perguntar: há aqui outra agenda? Não me importo que recorram aos meus livros ou aos meus espetáculos para falar sobre a minha promiscuidade no passado, mas nego veementemente estas acusações”.
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