Políticos da Europa tranquilizam crianças ao dizer que Papai Noel está isento de algumas restrições da pandemia
Papai Noel recebe isenção de restrições na pandemia por ser trabalhador essencial
Políticos de toda a Europa tranquilizaram as crianças ao dizer que o Papai Noel está isento de algumas restrições da pandemia. O Bom Velhinho é considerado um trabalhador essencial.
O Papai Noel sempre usou luva - um contágio pela superfície seria mais difícil. E, se tem alguém que sabe manter a distância e evitar os encontros, é ele.
Mas, definitivamente, Papai Noel não vive em uma bolha. Ele é um senhor de idade e, convenhamos, bem acima do peso: dois fatores que agravam o risco de Covid-19.
A campanha do Serviço Público de Saúde britânico previu o pior: o novo coronavírus quase levou embora parte do Natal. Mas, devagar, com a ajuda de médicos, enfermeiros e fisioterapeutas, o paciente se recuperou. E, claro, não poderia deixar de dar um presente a quem mais mereceu esse ano.
Agora, o risco não seria só para o Papai Noel. Em uma só noite, o superespalhador de alegria visita quase 2 bilhões de crianças. Não à toa, governos mundo afora impõem restrições aos viajantes. O cancelamento dos voos de avião não seria um problema para quem tem um trenó voador. Mas o isolamento de até 14 semanas arruinaria a entrega dos presentes.
Político nenhum quer contrariar uma pessoa que sabe que se comportou mal em 2020. Mas os governos ouviram a ciência.
A líder da Escócia declarou que, desde que ele trabalhe com rapidez e segurança, não há risco. Ela deixou claro que o Papai Noel é um “trabalhador-chave”. O governo irlandês confirmou a isenção da quarentena para ele, mas explicou que as crianças não devem ficar acordadas à noite porque Papai Noel precisa de distanciamento social.
Muitas crianças ficaram preocupadas e não mandaram carta só para Lapônia em 2020. O menino de oito anos escreveu assim para o primeiro-ministro: “Caro senhor Boris Johnson, gostaria de saber se você e o governo já pensaram sobre a vinda do Papai Noel. Sugiro que a gente deixe álcool gel ao lado dos biscoitos”.
O primeiro-ministro respondeu que a ideia é excelente. Boris Johnson escreveu que "tem certeza de que o Papai Noel vai ser responsável”. Mas o governo impôs regras: ele não vai poder gargalhar “Ho! Ho! Ho!”: seriam muitas gotículas no ar. E as crianças não vão poder sentar no colo dele. Elas têm pouco risco de complicações com o novo coronavírus, mas podem infectar adultos vulneráveis.
O Papai Noel não precisa usar máscara no Reino Unido se garantirem dois metros de distância. Mas, na Itália, o primeiro-ministro italiano respondeu ao Tommaso, de cinco anos, que o Papai Noel usaria máscara. O governo belga citou um estudo sugerindo que a barba espessa e mágica protege contra o vírus.
O Papai Noel seria mais um perdido entre tantas orientações diferentes. Mas o maior especialista em doenças infecciosas dos Estados Unidos acabou com a controvérsia. Anthony Fauci disse que ele mesmo vacinou o Santa Claus.
A Organização Mundial da Saúde confirmou que o Papai Noel está imune ao vírus. Não se sabe se foi uma vacina ultragelada do Polo Norte, mas o fato é que vírus nenhum derruba o espírito do Natal. Enquanto os governos não aprendem a distribuir as vacinas em uma só noite, a distância é o melhor presente para os bons velhinhos.