Crítica: Supercine (20/3) exibe a ótima comédia “Mulheres Alteradas”
Mulheres Alteradas traz uma ousada direção, com atmosfera de quadrinho unida ao tradicional roteiro das comédias feitas no Brasil; resultado é de mediano para bom
O Supercine deste sábado, dia 20 de março, vai exibir uma ótima comédia nacional, Mulheres Alteradas, com um elenco estrelado e uma bela direção. O filme começa logo depois do Altas Horas, na madrugada da Globo.
Veja crítica do filme e se divirta
Se há algo de interessante em assistir a uma estreia no circuito comercial, ao invés de ver em sessões fechadas para imprensa, é a possibilidade de observar a reação do público mais geral, aquele formado por pessoas das mais diversas origens, segmentos, raças, credos, etc. E dentre os gêneros que mais valem a pena assistir numa sala cheia está a comédia. É numa sessão lotada, recheada de pessoas diferentes, que percebemos se uma comédia funcionou ou não como tal. Nesse sentido, Mulheres Alteradas, filme de estreia do diretor Luis Pinheiro, pode ser considerada uma obra bem sucedida, pois conseguiu arrancar por muitos momentos risadas e mais risadas de seu público alvo.
O filme conta a história de quatro mulheres, cada uma vivenciando problemas bem particulares. Temos Keka (Deborah Secco), que enfrenta uma crise no casamento com Dudu (Sérgio Guizé), Marinati (Alessandra Negrini), uma workaholic que repentinamente se apaixona por Christian (Daniel Boaventura), Leandra (Maria Casadevall), que se sente bastante insegura pelo fato de ainda não ter constituído família e Sônia (Monica Iozzi), que está cansada da rotina doméstica e sonha com a época em que era solteira.
Este é o argumento do filme, que traz como base o quadrinho da escritora e cartunista argentina Maitena, Mulheres. E por conta de ter saído do quadrinho, Mulheres Alteradas traz embutido um visual, uma direção e uma dinâmica bem particulares, e ousados. O visual, colorido por vezes, é o primeiro elemento que nos faz lembrar uma história de quadrinhos. Desde as primeiras cenas, bem caricaturais, vemos a estrutura ‘quadrinista’, incluindo até a transcrição de algumas falas, como as listas que dão início as histórias que serão contadas.
A direção, por sua vez, segue o ritmo, com a inclusão no filme da câmera na mão, que proporciona uma agilidade muito maior às sequências, e também uma atmosfera muito mais intensa.
A dinâmica também segue esta estrutura. A começar pela escolha de se começar o filme mostrando uma sequência que faz parte na cronologia já de sua parte mas final. Não é nada muito original, muito pelo contrário, vem se saturando, mas acaba combinando com a proposta de contar as histórias separadas, como se fossem quatro contos que se unem em diversos momentos.
Se todos estes elementos citados são interessantes, ou ousados, ou funcionam bem, o roteiro, e principalmente os diálogos, deixam a desejar. Por mais que as histórias dessas quatro mulheres sejam colocadas dentro de um contexto subversivo, que aborda um universo pouco visto no cinema, o fato é que boa parte do roteiro de Mulheres Alteradas deixa a deseja, por mostrar-se simplista demais. Os diálogos de Keka e seu insuportável esposo ilustram bem isso, soando como se fossem saídos de um filme pastelão.
Por sinal, é esta vibe pastelão que dá ao filme o status de divertido. As melhores cenas, ou as que mais funcionaram, foram as que reproduzem o cinema pastelão, como a sequência do camarão, ou a de Leandra com o bebê de sua irmã.
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Claro que se vermos com o coração mais aberto veremos que as quatro histórias carregam questões bem relevantes para o universo feminino (não exclusivamente para ele). É muito boa a escolha do roteiro em deixar claro que no filme a ideia de viver feliz para sempre não requer necessariamente a união de um homem com uma mulher. Pelo contrário, há um desprendimento desta ideia. Marinati, interpretada pela sempre brilhante Alessandra Negrini, é a prova deste conceito, já que ela, ao se deixar envolver de forma quase que submissa a um homem, acaba perdendo suas habilidades enquanto advogada, quase perdendo o seu maior caso.
Com Keka a situação é diferente, mas parecida, pois ela passa a história inteira buscando salvar seu casamento, sem perceber que somente ao desgarrar-se dele que ela vai encontrar a felicidade mais plena. Nestes dois casos Mulheres Alteradas se mostra um filme que levanta a bandeira feminista, tão atual e necessária.
As histórias de Leandra e Sônia são mais gerais, podendo ser usado no universo feminino, mas também no masculino. Neste caso, o termo ‘alterada’ acaba funcionando dentro do esquema das duas personagens trocarem de rotina por uma noite, para induzir ao espectador a arte de se por no lugar do outro. Funciona no filme enquanto conceito, mas novamente as cenas construídas saíram aquém.
Mulheres Alteradas no fim das contas carrega o selo de qualidade carimbado pelo público, ao menos o seu público alvo. Tem muitos elementos ousados, incluindo fotografia, mas peca por apresentar diálogos recorrentes em comédias nacionais e cenas pastelão, que divertem mas não trazem nada de brilhante.
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