Análise: nervosismo mina Brasil sub-20 contra a Colômbia em noite ...

Nem com um a mais por mais de 30 minutos de jogo o Brasil assustou e saiu de campo sem fazer um golzinho pela primeira vez em oito jogos na competição de base na Colômbia.

Agora com 10 pontos, a seleção brasileira só conquista o seu 12º título sul-americano se vencer o Uruguai - os uruguaios marcaram em cobrança de falta nos minutos finais contra o Paraguai e chegaram a 12 pontos. Eles jogam pelo empate pela 9ª taça do Sul-Americano sub-20.

No jogo válido pela quarta rodada do hexagonal final, o Brasil entrou estranhamente nervoso em campo. Nem parecia aliviado pela classificação antecipada para o Mundial sub-20. Tudo bem que o ambiente de estádio lotado pelos donos da casa contagiava - mais de 30 mil pessoas no El Campín -, mas houve excessos - Marlon e Arthur levaram cartões amarelos com 20 minutos de partida. E não seria absurdo se Vitor Roque, também muito pilhado, levasse advertência também.

Faltou futebol em 40 dos 45 minutos de primeiro tempo. Além de nervosismo, a seleção brasileira de Ramon foi pobre na saída de bola e na construção de jogadas. Kaique, goleiro do Palmeiras que substituiu o titular Mycael (fora por indisposição), buscou Vitor Roque com chutão para frente em mais de uma oportunidade. A equipe errou 40 dos 133 passes executados na primeira etapa.

Com Castillo em cima de Arthur pelo lado direito da defesa brasileira e espaços entre a linha defensiva e de meias do Brasil, a seleção "cafetera" chegou a ter mais de 60% de posse de bola na primeira etapa. Não criou grandes chances. A melhor delas foi em desatenção de Robert Renan, em cabeçada de Cabezas mal colocada.

Antes do intervalo, o Brasil avançou a marcação e ameaçou num contra-ataque bem conectado entre Andrey, Giovane e Vitor Roque. Coisa rara na última noite. A melhor chance da Seleção foi nesta pressão ensaiada em sequência de bolas paradas, quando Andrey quase marcou de cabeça.

No segundo tempo, Kaique fez pênalti bobo em cima de Castillo, após sair pelo alto, encaixar a bola e acertá-lo - sem muita força, é verdade - para sair jogando. Mas se recuperou defendendo a cobrança de Puerta.

Ramon fez as cinco mudanças, mas demorou a colocar jogador de maior criatividade depois de perder Marlo Gomes por lesão. Faltando quatro minutos para o fim do tempo regulamentar, Luis Guilherme entrou. O jogador de 16 anos do Palmeiras contou com a colaboração inusitada do árbitro, mal posicionado em tentativa colombiana, e com chute rasteiro por pouco não abriu o placar.