'Por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF', disse Weintraub em reunião
BRASÍLIA — O ministro da Educação, Abraham Weintraub, chamou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de vagabundos e defendeu mandá-los para a prisão. A declaração, na íntegra, foi divulgada após a decisão do ministro Celso de Mello, que liberou o vídeo de uma reunião ministerial na qual o presidente Jair Bolsonaro teria pressionado o então ministro da Justiça Sergio Moro para trocar o comando da Polícia Federal. No vídeo, Weintraub também diz odiar os termos "povo indígena" e "povo cigano".
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— Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF. E é isso que me choca — disse Weintraub.
Em outro trecho, Weintraub diz odiar as expressões "povo indígena" e "povo cigano".
— Esse país não é ... odeio o termo 'povos indígenas', odeio esse termo. Odeio. O 'povo cigano'. Só tem um povo nesse país. Quer, quer. Não quer, sai de ré — afirmou Weintraub.
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Em sua fala, Weintraub defende o presidente Jair Bolsonaro e reclama do fato de estar enfrentando processos no comitê de ética da Presidência da República.
— Eu tô com um monte de processo aqui no comitê de ética da presidência. Eu sou o único que levou processo aqui. Isso é um absurdo o que tá acontecendo aqui no Brasil. A gente tá conversando com quem a gente tinha que lutar — disse Weintraub.
O vídeo da reunião e o laudo elaborado pela Polícia Federal foram divulgados nesta sexta-feira após decisão do ministro do STF, Celso de Mello, que retirou o sigilo do material.