Terça-feira, 9 de junho
Ministério da Saúde cumpre ordem do STF e volta a divulgar dados completos da Covid-19. Estado de de SP registra o número mais alto de mortes desde o início da pandemia, e o comércio reabre amanhã na capital paulista. A Organização Mundial da Saúde reafirma que os assintomáticos transmitem o novo coronavírus. O governo prorroga o auxílio emergencial. E multidão acompanha o enterro de George Floyd nos EUA.
O Ministério da Saúde obedeceu a ordem do Supremo Tribunal Federal e voltou a divulgar os números completos de contágios e mortes por coronavírus. Desde sexta, o governo estava anunciando apenas os casos e óbitos confirmados nas últimas 24 horas, sem levar em conta as vítimas de dias anteriores confirmados nessas 24h.
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A decisão do governo Bolsonaro de esconder os dados acumulados da pandemia gerou fortes críticas, e o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a retomada do formato original. A Organização Mundial da Saúde cobrou do Brasil a transparência na comunicação com os cidadãos.
Desde ontem, veículos de imprensa iniciaram uma parceria para coletar e divulgar dados das secretarias estaduais de Saúde. O levantamento mostra que o país registrou mais 1.185 mortes nas últimas 24 horas, e o total de vítimas chegou a 38.497.
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O estado de São Paulo registrou o maior número de mortes em 24 horas por coronavírus desde o início da pandemia: 334. O total de óbitos pela Covid-19 chega a 9.522, e há 150.138 casos confirmados da doença, segundo a secretaria de Saúde. A taxa de ocupação de UTIs na capital é de 74,1%. A prefeitura de SP autorizou a abertura do comércio de rua a partir de amanhã, e dos shoppings na quinta.
O presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, desembargador Claudio de Mello Tavares, derrubou nesta terça a decisão que havia suspendido os decretos de flexibilização do governo e da prefeitura da capital. O estado tem quase 7 mil mortes por coronavírus e 73 mil casos confirmados de Covid-19. Hoje, a capital teve orla cheia e comércio aberto. Veja fotos.
OMS recua e afirma que pacientes assintomáticos podem transmitir Covid-19
A Organização Mundial da Saúde reiterou hoje que as pessoas sem sintomas de Covid-19 transmitem a doença. "A questão é saber quanto", segundo a entidade. Ontem, uma representante da OMS havia dito que este tipo de contágio parecia ser 'raro'. À GloboNews, o biólogo Atila Iamarino afirmou que a declaração foi tirada de contexto. Confira a entrevista e entenda a diferença entre assintomático e pré-sintomático.
Em reunião ministerial nesta terça, o ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou a prorrogação por dois meses do auxílio emergencial, mas não deixou claro se o valor de R$ 600 será mantido ou se haverá uma redução para R$ 300, como havia sido informado na semana passada. O presidente Jair Bolsonaro disse que aceita aumentar o valor se deputados e senadores cortarem nos próprios salários: 'Eu sei que tem parlamentar que quer mais duas de R$ 600. Tudo bem, se tivermos um programa para diminuir o salário do parlamentar.'
Bailarinos do Balé Real do Reino Unido filmaram um curta-metragem no qual dançam nas ruas de Londres ao som de 'Living in a ghost town', dos Rolling Stones. Na Argentina, uma instituição para idosos criou uma 'cortina do abraço', para que residentes possam diminuir a distância de seus familiares. E, na Nova Zelândia, onde os casos de coronavírus foram zerados, os habitantes comemoraram o primeiro dia após a suspensão de todas as restrições com direito a muito abraço, festas e compras.
O Ministério Público Eleitoral informou nesta terça ao Tribunal Superior Eleitoral ser a favor da inclusão das provas do 'inquérito das fake news' nos processos que tramitam sobre a chapa Bolsonaro-Mourão. As ações apuram supostas irregularidades na campanha de 2018, por meio do disparo de mensagens em massa. Já o inquérito apura ameaças a ministros do Supremo e a disseminação de conteúdo falso na internet. O pedido de compartilhamento de informações foi feito pelo PT. A defesa do presidente Jair Bolsonaro se manifestou contrária à inclusão. O julgamento que pede a cassação dos mandatos de Bolsonaro e Mourão foi retomado pelo TSE na noite desta terça.